Astrónomos descobriram três pequenos planetas gelados que orbitam o sol perto
de Plutão, nos confins do sistema solar. Os três corpos são grandes o suficiente
para serem arredondados devido a suas próprias gravidades, o que os caracteriza
como “planetas anões”, assim como o nosso velho conhecido Plutão.
Os cientistas descobriram também outros onze novos objectos celestes durante a
pesquisa no Cinturão de Kuiper – o anel de corpos gelados além de Neptuno. Os
outros objectos não são considerados planetas anões por serem muito pequenos,
provavelmente pedaços irregulares de gelo ou rocha.
Usando o telescópio Warsaw, do Observatório Las Campanas, no Chile, a equipa concentrou-se na exploração de áreas do Cinturão de Kuiper que ainda não tinham
sido estudadas anteriormente.
A União Astronómica Internacional (UAI) criou a categoria de planeta anão em
2006, quando ficou claro que Plutão não estava sozinho nos arredores frios do
sistema solar. Basicamente, planetas anões são considerados grandes o suficiente
para serem esféricos, mas pequenos demais para “limparem a vizinhança” dos
outros corpos que orbitam as proximidades.
Assim, Plutão foi rebaixado a planeta anão, uma classificação que partilha
com os gelados Éris, Haumea e Makemake, e com o gigante asteroide Ceres. Estes
são os únicos cinco planetas anões oficialmente reconhecidos no momento, apesar
de outras centenas ou mesmo milhares poderem existir.
Os três planetas anões encontrados parecem ter mais de 400 quilómetros de
largura. A nova pesquisa não encontrou nenhum objecto tão grande quanto Plutão ou
Éris, que têm cerca de 2.300 quilómetros de largura – por enquanto, ele ainda
são os reis da área do Cinturão de Kuiper.
O Cinturão de Kuiper encontra-se aproximadamente entre 30 e 50 unidades
astronómicas (UA) do sol. A distância da Terra ao sol, cerca de 150 milhões de
quilómetros, representa 1 UA.
Enquanto não há mais objectos realmente maciços à espera da descoberta no
Cinturão de Kuiper, alguns outros podem se esconder até mesmo mais longe, como o
Sedna, que orbita até 940 UA do sol. O Sedna parece ter 1.200 quilómetros de
largura e uma órbita extremamente elíptica, que traz o corpo celeste para cerca
de 75 UA do sol no seu ponto mais próximo.
O Sedna ainda é um mistério, mas sua descoberta prova que pode haver vários
objectos celestes parecidos por aí. Objectos ainda maiores do que o Sedna podem
orbitar em torno do sol, e indetectados. Sem dúvidas, ainda há muito sobre
planetas anões a se descobrir.
fonte: HypeScience
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