sábado, 13 de agosto de 2011

Cientistas descobrem três planetas anões próximos de Plutão


Astrónomos descobriram três pequenos planetas gelados que orbitam o sol perto de Plutão, nos confins do sistema solar. Os três corpos são grandes o suficiente para serem arredondados devido a suas próprias gravidades, o que os caracteriza como “planetas anões”, assim como o nosso velho conhecido Plutão.

Os cientistas descobriram também outros onze novos objectos celestes durante a pesquisa no Cinturão de Kuiper – o anel de corpos gelados além de Neptuno. Os outros objectos não são considerados planetas anões por serem muito pequenos, provavelmente pedaços irregulares de gelo ou rocha.

Usando o telescópio Warsaw, do Observatório Las Campanas, no Chile, a equipa concentrou-se na exploração de áreas do Cinturão de Kuiper que ainda não tinham sido estudadas anteriormente.

A União Astronómica Internacional (UAI) criou a categoria de planeta anão em 2006, quando ficou claro que Plutão não estava sozinho nos arredores frios do sistema solar. Basicamente, planetas anões são considerados grandes o suficiente para serem esféricos, mas pequenos demais para “limparem a vizinhança” dos outros corpos que orbitam as proximidades.

Assim, Plutão foi rebaixado a planeta anão, uma classificação que partilha com os gelados Éris, Haumea e Makemake, e com o gigante asteroide Ceres. Estes são os únicos cinco planetas anões oficialmente reconhecidos no momento, apesar de outras centenas ou mesmo milhares poderem existir.

Os três planetas anões encontrados parecem ter mais de 400 quilómetros de largura. A nova pesquisa não encontrou nenhum objecto tão grande quanto Plutão ou Éris, que têm cerca de 2.300 quilómetros de largura – por enquanto, ele ainda são os reis da área do Cinturão de Kuiper.

O Cinturão de Kuiper encontra-se aproximadamente entre 30 e 50 unidades astronómicas (UA) do sol. A distância da Terra ao sol, cerca de 150 milhões de quilómetros, representa 1 UA.

Enquanto não há mais objectos realmente maciços à espera da descoberta no Cinturão de Kuiper, alguns outros podem se esconder até mesmo mais longe, como o Sedna, que orbita até 940 UA do sol. O Sedna parece ter 1.200 quilómetros de largura e uma órbita extremamente elíptica, que traz o corpo celeste para cerca de 75 UA do sol no seu ponto mais próximo.

O Sedna ainda é um mistério, mas sua descoberta prova que pode haver vários objectos celestes parecidos por aí. Objectos ainda maiores do que o Sedna podem orbitar em torno do sol, e indetectados. Sem dúvidas, ainda há muito sobre planetas anões a se descobrir.

fonte: HypeScience

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