O Falcon HTV-2 foi construído
para ter qualquer ponto do planeta a menos de uma hora
A Defesa dos Estados Unidos vai voltar a pôr no
ar o Falcon, nesta quinta-feira, para testes. É o avião mais rápido alguma vez
construído, que deve reduzir a menos de uma hora o tempo necessário para ligar
quaisquer dois pontos do planeta.
A
circunferência equatorial da Terra é de 40.075.017 quilómetros ;
a circunferência meridional (norte-sul) é cerca de 67 quilómetros
menor. Como o Falcon Hypersonic Technology Vehicle 2 (Falcon HTV-2) está feito
para voar a um máximo de 21 mil quilómetros por hora, consegue fazer metade do
planeta em menos de uma hora.
O
Falcon HTV-2 é lançado com o recurso a um foguetão, às 15h00 de Lisboa, a
partir da base da Força Aérea em Vandenberg, Califórnia. O que se pretende é
avaliar a resistência do aparelho às temperaturas muito elevadas a que é
sujeito àquela velocidade: dois mil graus Celsius. É superior ao ponto de fusão
do aço, nota o britânico The Guardian
.
A Agência de Projectos de Investigação Avançada
da Defesa norte-americana, que está a desenvolver o Falcon desde 2003, já fez
todos os testes possíveis em laboratório. Mas os túneis de vento conseguem
apenas simular uma velocidade de 18.300 quilómetros
por hora. Falta observar o comportamento do avião nas condições para que foi
construído.
A pergunta é: será que continua a voar à
velocidade máxima? Afinal, esta é cerca de 20 vezes a velocidade do som. Mais:
como funcionará o sistema de navegação, que controla a trajectória do aparelho.
Em Abril do ano passado, data do primeiro teste do género, o voo foi abortado
após 139 segundos, depois de o computador de bordo ter detectado uma anomalia.
O Falcon HTV-2 voa 100 quilómetros
acima da linha do mar, na linha de Kárman, que define o limite entre a
atmosfera terrestre e o espaço exterior. É a essa altitude que o foguetão é largado
e o avião arranca para o seu voo hipersónico no regresso à Terra. O
lançamento não será emitido em directo, em vídeo, mas é possível acompanhar os
progressos do teste no
Twitter.
fonte: Público
Sem comentários:
Enviar um comentário