As autoridades alemãs alegaram hoje que o surto infeccioso causado por uma perigosa variante da bactéria Escherichia coli, que já matou três pessoas, teve origem em pepinos de Espanha comercializados no mercado central de Hamburgo.
A Comissão Europeia avisou que accionará o sistema de alerta rápido da União Europeia de alimentos se se confirmar, efectivamente, que a origem das infeções está em pepinos provenientes de Espanha.
Para a Comissão Europeia, o surto infeccioso com a bactéria intestinal agressiva apenas afecta a Alemanha.
Segundo dados oficiais citados pela agência Efe, uma estirpe agressiva da bactéria Escherichia coli, que provoca diarreias com sangue, matou três pessoas e terá infectado outras 600, incluindo vários suecos que visitavam a Alemanha.
Em conferência de imprensa, a senadora da Saúde do Estado de Hamburgo, Cornelia Prüfer-Storcks, afirmou hoje que os resultados das análises bacteriológicas indicam que a origem da infecção com a bactéria está em pepinos espanhóis comercializados no mercado central de Hamburgo.
A responsável ressalvou que as análises realizadas apenas se limitam à cidade-estado de Hamburgo, admitindo que outros alimentos, além de pepinos, possam também ter desencadeado a a infecção.
Na quarta-feira, o ministro da Agricultura alemão avançara que tomates e pepinos poderiam estar na origem da propagação no país da infecção com a Escherichia coli.
O foco infeccioso foi detetado após a realização de análises a quatro pepinos escolhidos aleatoriamente entre os legumes à venda no mercado central de Hamburgo, dos quais três eram espanhóis, um deles de agricultura biológica. As autoridades desconhecem a origem de cultivo do quarto pepino.
A Federação Espanhola de Produtores e Exportadores de Frutas e Hortaliças assegurou que, «em princípio, não existe nenhuma constatação oficial» de que um carregamento de pepinos espanhóis tenha causado um surto infeccioso na Alemanha.
O porta-voz da Comissão Europeia para a Saúde e o Consumo, Fréderic Vincent, lembrou que a bactéria Escherichia coli afectou, no ano passado, 3.500 pessoas em quatro Estados-membros, incluindo a Alemanha, e que o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças «está a seguir de perto a situação».
fonte: Sol
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