sábado, 28 de maio de 2011

Fóssil de cérebro surpreende paleontólogos


Fóssil tem 20 milhões de anos

Tecidos moles costumam degradar-se

O fóssil do cérebro de um mamífero com 20 milhões de anos foi encontrado no norte do Peru em “bom estado de conservação”, o que deixou os investigadores impressionados, na medida em que é “extremamente invulgar” tal acontecer, pois tecidos moles, como o cérebro, costumam decompor-se e não fossilizar.

"Está totalmente petrificado e fossilizado, o que é estranho. Não há dúvidas de que seja o cérebro de um mamífero do período Neogénico", disse o paleontólogo Klaus Hönninger, director do Museu Paleontológico Meyer-Hönninger, no Peru, acrescentando que “este animal tem que ter morrido numa concentração de sedimentos que o envolveu e conservou".

O fóssil encontrado na bacia do rio Santiago, na região do Amazonas, na fronteira com o Equador, consiste na massa cerebral completa de um animal e mostra os dois lóbulos intactos, com 12 centímetros de largura, 11 de comprimento e nove de altura.

De acordo com o investigador, o mais “estranho” desta descoberta é não terem sido encontradas outras partes do corpo do animal próximas do cérebro, como vestígios de ossos, por exemplo.

Na opinião de Honninger, a presença deste fóssil neste local confirma a hipótese de que no Neogénico - período do final do Terciário, que começou há 24 milhões de anos e terminou há dois milhões e meio de anos -, o Amazonas já tinha um clima húmido tropical e fauna muito variada, que incluía mamíferos de grande porte.

Em Abril, perto deste local também foram encontrados insectos fossilizados em âmbar, com 20 milhões de anos. Já em Janeiro, os mesmos investigadores anunciaram a descoberta dos restos de uma lula fossilizada da era cretácica, na bacia do rio Marañón, na região do Amazonas, a 3,7 mil metros de altitude.


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