sábado, 28 de maio de 2011

Insecto é fotografado a comer filhote de tartaruga no Japão


Usando as patas dianteiras, a barata d'água agarrou a tartaruga, enfiando o bico da presa

Uma barata d'água foi fotografada a comer um filhote de tartaruga no Japão, no que foi considerada uma inversão pouco comum de papéis predatórios.

Grandes insectos da subfamília Lethocerinae são conhecidos por caçar pequenos vertebrados, incluindo peixes e sapos. Mas uma espécie particular já era conhecida por comer filhotes de cobras - e, agora, ficou comprovado que se alimenta até de tartarugas.

O investigador Shin-ya Ohba registou o comportamento pouco comum durante uma recolha de amostras durante a noite na província de Hyogo, no centro-sul do Japão.

Num texto publicado na revista científica Entomological Science, Ohba descreve a sua observação de um Kirkaldyia deyrolli comendo um filhote de tartaruga num fosso próximo de uma plantação de arroz.

Usando as suas patas dianteiras, a barata d'água agarrou a tartaruga, enfiando o seu bico semelhante a uma seringa no pescoço da presa para poder se alimentar. Anteriormente, Ohba já havia fotografado estes insectos comendo cobras.


Insecto também é conhecido por comer cobras

"Todo mundo pensa que os insectos da subfamília Lethocerinae vivem de peixes e sapos. Embora comer tartarugas e cobras seja raro em condições naturais, (esta evidência) surpreende os naturalistas (por mostrar) hábitos alimentares vorazes", diz.

Espécie ameaçada

Os Kirkaldyia deyrolli são nativos do Japão, onde são encontrados a viver em plantações de arroz, alimentando-se principalmente de pequenos peixes e sapos.

A espécie é considerada ameaçada pela Agência Ambiental Japonesa depois de reduções significativas em sua população nos últimos 40 anos, supostamente devido à perda de habitat e à poluição da água.

As baratas d'água são os maiores exemplares dos insectos da ordem Hemiptera. Os integrantes da subfamília Lethocerinae são encontrados em lagoas de água fresca, lagos e córregos de baixa velocidade, além de rios nas Américas do Norte e do Sul e no leste da Ásia.

Algumas espécies do género Lethocerus podem atingir até 15 cm de comprimento, têm hábitos nocturnos e podem voar, aproveitando a luz da lua cheia para migrar. Ocasionalmente, estes insectos picam seres humanos.

fonte: terra

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