O público tem à sua disposição uma grande variedade de peças e de cores
As crocoítes da Tasmânia ou as ametistas do Brasil, as trilobites de Marrocos, da China e de Portugal ou os ovos e dentes de dinossauro da Mongólia e da China são alguns exemplos de peças que fazem as delícias dos apreciadores da Mineralogia e da Paleontologia. Duas Ciências da Terra que estão representadas em força na XIX edição da Feira de Minerais, Pedras Preciosas e Fósseis que se realiza no edifício da Reitoria da Universidade do Porto (Praça Gomes Teixeira, aos Clérigos), entre 29 e 31 de Maio.
A feira oferece um vasto leque de peças. Desde minerais e fósseis tal como foram encontrados na natureza, até bijutarias com pedras bem lapidadas, passando pela literatura que está disponível para quem quiser saber mais sobre o material em exposição e a Geologia em geral.
Diversidade de peças e de vendedores é uma das atracções da feira
Bem na baixa da cidade invicta, a feira conta com peças oriundas dos quatro cantos do mundo. Com vendedores de Portugal, Espanha, França, Alemanha e Brasil, os stands colocam à disposição do público peças raras e valiosas que só podem ser encontradas neste tipo de feiras.
São as formas mais diversas de grande beleza
Manuel Adónis trabalha no ramo há vários anos e salienta que “a feira é importante para a divulgação dos minerais em bruto porque as pessoas podem ver uma variedade a que raramente têm acesso”. As pedras preciosas são das mais procuradas tal como os minerais em bruto pois despertam o fascínio das pessoas. “Antes procurava-se mais pedras trabalhadas, bijutarias mas agora o interesse vai mais para as pedras naturais e de colecção”.
A variedade de peças alia-se à diversidade de nacionalidades dos vendedores que mostram nos seus materiais um pouco da sua cultura. Margarete Zuzarte é portuguesa e trabalha com o alemão Roland Altmann. Consideram que Portugal tem pouco conhecimento neste ramo da Geologia comparativamente a outros países da Europa do Norte: “A feira é muito importante porque há pouca divulgação destes materiais como os minerais e os fósseis em Portugal. Notamos isso pelo âmbar que tem origem no Norte da Europa e é relativamente pouco conhecido aqui”.
Responsável pela feira realça a importância das Ciências da Terra
Contando já com a sua 19ª edição, a feira tem como objectivo principal sensibilizar as pessoas para um ramo das ciências relativamente desconhecido. Divulgar as Ciências da Terra é essencial para que possam ser observadas de uma maneira mais consciente e atenta. Alexandre Lourenço, membro da Reitoria da Universidade do Porto e responsável pela feira, alerta para isso mesmo, dizendo ainda que “a iniciativa favorece a Universidade pois cada vez mais se quer virar para a sociedade e para a cidade do Porto e a feira é um dos veículos para atingir esse objectivo”.
Os visitantes ficam fascinados com a beleza e raridade de minerais e fósseis
Os fósseis também cativam os visitantes
Ninguém fica indiferente à múltipla palete de cores, brilhos e formas apresentadas pelos minerais, bem como à raridade de fósseis que remetem para a origem da vida. Olhares curiosos, atentos e fascinados preenchem as salas da Reitoria que acolhem a feira. Uns apenas movidos pela curiosidade visitam cada stand pela beleza do que está exposto, afastados do sentido e conhecimento inerente aos materiais.
“Gosto de geologia a cores daí o fascínio pelos minerais, pelo seu brilho e pela sua cor”, refere Afonso Sousa, ex-aluno da Universidade do Porto e visitante assíduo desta feira. Outros, especialistas da matéria, observam cada peça com um olhar clínico de quem estuda pedras naturais ou fósseis há anos e não deixa nenhum pormenor de parte. É o caso de José Honório, lisboeta apaixonado por minerais, aproveita esta feira para aumentar a sua colecção e enriquecer conhecimentos.
“Colecciono porque me interesso por minerais mas a base é sempre a paixão e a estética”. Questionado sobre o que mais o fascina, o coleccionador considera que não existem razões particulares: “Minerais! É preciso dizer mais alguma coisa? São centenas, são milhares cada um à sua maneira”, revela com um sorriso.
São aos milhares
Há muito para ver nesta Feira organizada pela UP
Milhares são também os visitantes que a feira recebe anualmente. Os estudantes preenchem grande parte do público, no entanto, coleccionadores, curiosos e apreciadores da estética das peças apresentadas completam a multidão que passa pelos três dias em que a feira decorre.
Durante este fim-de-semana a abertura está marcada para as 10 horas e o encerramento para as 20. Com entrada livre, a feira pode ser visitada por todos os interessados em saber mais acerca das Ciências da Terra, especialmente da Mineralogia e Paleontologia.
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