sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Congresso aprovou novo programa da NASA, que inclui serviço de táxis privados para astronautas


O objectivo é deixar transporte de astronautas até à Estação Espacial Internacional nas mãos de empresas

A Câmara dos Representantes aprovou a legislação que reforma o programa de exploração da NASA. Entre outros pontos, estabelecer-se-ão contratos com empresas privadas para transportar astronautas para órbitas próximas da Terra, deixando para a agência espacial norte-americana projectos de investigação científica.

Após um ano de intensa polémica e negociação, a câmara baixa do Congresso aprovou na quarta-feira a versão que já tinha recebido o aval do Senado. Agora só falta a assinatura do Presidente Barack Obama para se transformar em lei este documento que prevê investimentos de 58 mil milhões de dólares a distribuir por três anos.

Este orçamento inclui 1,6 mil milhões de dólares destinados a ajudar empresas a construir foguetões capazes de transportar astronautas até à Estação Espacial Internacional, como se de um serviço de táxi se tratasse. É bastante menos do que os 3,3 milhões inicialmente pedidos pela Casa Branca, mas esta ideia despertou bastante polémica - com alguns astronautas do programa Apollo a fazerem propaganda muito abertamente contra esta ideia.

Prevê que a NASA gaste 11 mil milhões de dólares durante os próximos três anos para desenvolver novos foguetões e cápsulas tripuladas para chegar até asteróides. A data para conseguir fazer esta viagem é o final desta década.

O regresso à Lua – o objectivo principal do programa Constelação do Presidente George W. Bush, que com esta nova estratégia é definitivamente abandonado – não é calendarizado para antes de 2020.

Já o desenvolvimento de um foguetão mais poderoso, que seja capaz de lançar uma nave a caminho de Marte, era algo em que a Administração Obama e a NASA não queria começar a pensar antes de 2015. Mas a legislação aprovada pede à NASA que comece a trabalhar neste objectivo já, no ano que vem. De onde virá o dinheiro para isto não é ainda claro.

fonte: Público

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