terça-feira, 1 de novembro de 2011

NASA quer lasers que agarram e puxam objectos como no Star Trek


É de ficar de boca aberta – um laser que captura um objecto e puxa-o, como se vê no Star Trek –, mas em teoria já se pode desenvolver esta tecnologia. A Agência Espacial Norte Americana (NASA) anunciou nesta segunda-feira que está a financiar um projecto para consegui-lo.

O objectivo é desenvolver uma nova forma de obter amostras de moléculas em situações extremas, como na superfície de outros planetas ou no espaço, quando se tenta recolher substâncias que existem na cauda de um cometa. A NASA financiou três investigadores do Centro Goddard de Voo Espacial, da NASA, com 100.000 dólares (72.700 euros), para estudar três métodos experimentais que consigam fazer isto.

“Apesar de ser um pilar da ficção científica, do Star Trek em particular, as armadilhas feitas a partir de lasers não são nada de fantástico ou que esteja para lá do conhecimento tecnológico actual”, disse Paul Styslei num comunicado, o líder do trio que vai desenvolver o projecto. A equipa identificou três formas de conseguir transportar partículas, moléculas únicas, vírus, moléculas da família do ADN, e até células vivas.

“O que se pensou primeiro foi que se pudesse utilizar raios laser de tracção para limpar o lixo espacial”, explicou. “Mas puxar algo tão grande seria quase impossível – pelo menos por enquanto. Foi aí que surgiu a ideia que talvez pudéssemos utilizar [os lasers de atracão] para a recolha de amostras.”

Uma das técnicas, chamada de vórtice óptico, necessitaria de uma atmosfera para atrair as partículas. Mas as duas outras técnicas, que utilizam ou raios solenóides ou raios de Bessel – algo que nunca foi testado –, não necessitam em teoria de nenhuma atmosfera.

Os raios solenóides por exemplo, apesar de se propagarem num eixo, alcançam uma maior intensidade energética numa espiral que gira à volta deste eixo. Os testes já mostraram que este raio consegue exercer uma força num objecto em sentido contrário, e movê-lo em direcção da fonte do raio laser.

Com os raios de Bessel, que têm propriedades diferentes, ainda não se saiu da teoria, mas os cientistas vão analisar as três possíveis técnicas. “Queremos certificar-nos que compreendemos totalmente as três técnicas. Esperamos que uma delas funcione naquilo que queremos”, disse Barry Coile, que juntamente com Demetrios Poulios, completam a equipa. “Isto é uma nova aplicação que ainda ninguém defendeu.”

fonte: Público

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