quinta-feira, 3 de novembro de 2011

China deu passo decisivo para a construção de uma estação espacial


Imagem do módulo Tiangong-1 (em cima à esquerda) antes da acoplagem à nave Shenzhou 8 (em cima à direita)


fonte: RTP

A China deu mais um passo para se tornar uma grande potência espacial, ao conseguir ontem à noite fazer uma operação de acoplamento espacial de duas naves. Esta era uma etapa crucial para a construção de uma estação espacial prevista para 2020.

A nave Shenzhou 8 uniu-se ao módulo Tiangong-1, a uma velocidade de cerca de 28 mil quilómetros/hora, a 343 quilómetros de altitude, informou hoje o porta-voz do programa chinês de voos tripulados, Wu Ping.

A nave Shenzhou 8 e o laboratório espacial Tiangong-1 continuarão acoplados durante 12 dias antes de se separarem para se reunirem novamente. Depois da sua segunda separação, “a Shenzhou 8 deverá regressar à Terra a 17 de Novembro, ao final do dia”, disse Wu Ping em conferência de imprensa.

O Shenzhou 8 descolou esta terça-feira da base de Jiuquan, de onde partiu também o módulo Tiangong-1, a 29 de Setembro.

Os dirigentes chineses, entre eles o primeiro-ministro Wen Jiabao, assistiram durante a noite à transmissão da operação, que os media descrevem como um “beijo espacial”, a partir do centro de controlo de Pequim. O Presidente Hu Jintao, que se encontra em França para participar na cimeira do G20 de Cannes, enviou uma mensagem de felicitações.

Esta primeira operação de acoplamento surge no âmbito do programa que visa dotar a China, na próxima década, de uma estação orbital, na qual possa viver uma tripulação durante vários meses, como a antiga estação russa Mir ou a Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês).

Se a missão Shenzhou 8 for um sucesso, a China lançará no próximo ano duas outras naves para se juntarem ao módulo Tiangong-1, a Shenzhou 9 e Shenzhou 10. Uma delas será tripulada.

Estas operações de acoplamento são consideradas etapas cruciais na conquista do espaço, já alcançada pelos russos e pelos norte-americanos nos anos 1960. Wu Ping salientou que, depois de uma fase de cooperação com os russos (em 2000), os chineses desenvolveram eles próprios a tecnologia necessária.

fonte: Público

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