As autoridades detectaram um gás radioactivo associado à fissão nuclear, processo de produção de energia através da desintegração de um átomo de um elemento pesado, na central de Fukushima, sintoma de que pode existir um novo problema num dos reactores.
Para travar um eventual incidente, a Tokyo Electric Power (TepCo), começou a injectar água com ácido bórico, substância utilizada para neutralizar reacções nucleares, por prevenção, sendo que, segundo a operadora, não existem, para já, sinais de aumento dos níveis de temperatura pressão ou radiação dos reactores.
O gás que provém do interior de um dos reactores indica a presença de xénon, que pode ser a substância através da qual pode ocorrer uma fissão nuclear inesperada ainda que de pequena escala, indicou a agência Kyodo.
A Tepco garantiu, contudo, que os materiais radioactivos no interior do reactor ainda não atingiram um patamar considerado crítico - o ponto em que as reacções nucleares são autossustentáveis - tendo indicado ainda que detecção de xénon não deverá ter forte impacto no esforço de manter o reactor arrefecido e estável.
"Nós confirmamos que o reactor se encontra estável. Não acreditamos que possa ter impacto no nosso trabalho futuro", afirmou o porta-voz da TepCo, Osamu Yokokura, ao assegurar que não se verificam fugas de radiação no exterior da central.
Hiroyuki Imari, porta-voz da Agência japonesa de Segurança Nuclear, disse que detecção do gás não parece ser um grande problema, ainda que a causa do seu aparecimento esteja a ser investigada.
O terramoto, seguido de tsunami, de 11 de Março danificou de forma grave a central provocando o mais grave acidente nuclear dos últimos 25 anos.
fonte: DN
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