Diaemus youngi, espécie de morcego vampiro
Cientistas encontram proteína exclusiva da espécie que a ajuda a se alimentar na escuridão
Os morcegos que se alimentam de sangue dependem de uma extrema precisão, ao pousar nas costas de uma vaca, por exemplo, precisam dar suas dentadas directamente na veia para conseguir sua refeição. Caso contrário o outro bicho percebe sua presença e arranja maneira de espantá-lo. O problema é que esse jantar é sempre feito à noite, quase num escuro completo e as veias são pequeninas. Antes não se sabia como, mas um estudo publicado na revista científica Nature mostra como investigadores descobriram o segredo da mordida do morcego.
Os vampiros (sim, morcegos que se alimentam apenas de sangue tem essa denominação ou hematófagos) possuem uma versão única de uma proteína presente em diversos animais – inclusive nos Homo sapiens. Em nós e em outros seres, essa proteína receptora chama-se TRPV1 e serve para ajudar a identificar quando um objecto está quente. Só que ela só dá sinais quando o objecto está acima de 43ºC. Já nos vampiros, a variação da mesma proteína chama-se TRPV1-S e já alerta o animal para objectos que estão acima de 30ªC.
Essa variação da proteína (o “S” da nomenclatura serve para indicar “short”, que significa curto em português e se refere ao facto dessa variação ter 62 aminoácidos a menos que o TRPV1) está presente apenas nos vampiros – nem mesmo em espécies muito próximas geneticamente. Isso faz os investigadores pensarem que se trata de uma solução desenvolvida pela evolução natural da espécie dos hematófagos para que não morressem de fome.
fonte: Revista Galileu
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