O lançamento foi feito sob temperaturas muito baixas
A Soiuz-TMA descolou esta madrugada do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, em direcção à Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês), com três cosmonautas a bordo. É o primeiro voo desde o fracasso, em Agosto, de um lançamento com o mesmo tipo de cápsula.
Os russos Anton Chklaperov e Anatoli Ivanichin, bem como o norte-americano Dan Burbank, vão juntar-se à tripulação da ISS, actualmente composta por Mike Fossum (Estados Unidos), Satoshi Furukawa (Japão) e Serguei Volkov (Rússia).
Em Agosto, um foguetão que transportava uma nave de reabastecimento Progresso, com destino à ISS, despenhou-se na Sibéria, depois de uma falha no lançador. Os técnicos russos atribuíram o sucedido a “negligências” nas operações de controlo da cápsula.
Este fracasso pôs em causa a fiabilidade dos foguetões Progresso (o nome é idêntico ao da nave de carga), que tem no currículo 1800 lançamentos com sucesso, e constituiu um revés para o sector espacial russo.
Por segurança, os voos para a ISS ficaram suspensos - e como a Rússia é a única nação que assegura neste momento o transporte para a estação espacial, já que os Estados Unidos aposentaram a frota de vaivéns no Verão, durante uns dias confrontou-se a perspectiva de não ter acesso à plataforma orbital.
O acidente obrigou, assim, a um adiamento de dois meses na descolagem da nova equipa para a ISS, inicialmente prevista para Setembro, dado que as cápsulas Soiuz ficaram em terra para verificações técnicas. A última descolagem de cosmonautas para a ISS a partir do cosmódromo de Baikonur aconteceu em Junho.
Ainda assim, a 21 de Outubro foi lançada com sucesso, a partir da Guiana Francesa, uma foguetão Soiuz, quye pôs em órbita os primeiros satélites da constelação Galileu, o sistema de GPS europeu, no âmbito de um acordo de cooperação entre a Rússia e a Agência Espacial Europeia (ESA).
O sucesso no lançamento da nova tripulação da ISS é especialmente bem vindo na Rússia, que ainda está a lidar com o fracasso da sonda Phobos-Grunt, que na semana passada ficou presa na órbita da Terra em vez de seguir até Fobos, a maior das luas de Marte. O motor da sonda não terá funcionado, pelo que a sonda não terá conseguido orientar-se no espçao e definir a sua trajectória.
A sonda russa deverá desintegrar-se quando entrar na atmosfera terrestre, em Janeiro do próximo ano, , caso os especialistas russos não consigam resolver o problema, disse nesta segunda-feira o chefe da agência espacial Roskosmos, Vladimir Popovkin. "Há muito poucas hipóteses de atingir a Terra", afirmou.
fonte: Público
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