Espécie existe apenas no Pico do Itambé, segundo cientista. (Foto: Izabela MenezesBarata/Divulgação)
ANFÍBIO VIVE EM BROMÉLIAS NO PICO DO ITAMBÉ, A PARTIR DE 1.900 METROS. PROCESSO DE DESCRIÇÃO DA VARIEDADE AINDA PODE DEMORAR 2 ANOS.
Uma nova espécie de perereca que só existe no Pico do Itambé, na Serra do Espinhaço (norte de Minas Gerais) está sendo descrita pela investigadora Izabela Barata, da ONG Instituto Biotrópicos.
Trata-se de um animal minúsculo, que não chega a ter mais de 2 centímetros de comprimento. “No começo, chegamos a achar que os exemplares que vimos eram jovens, mas então observamos que eram adultos”, explica Izabela.
Foi numa reunião do Plano de Ação Nacional das Espécies de Anfíbios e Répteis da Serra Espinhaço, em setembro, com presença dos especialistas na região, que se concluiu que se tratava mesmo de uma espécie ainda não descrita.
Bromélia
Essa perereca vive apenas dentro de um tipo específico de bromélia encontrada no Pico do Itambé, a partir de 1.900 metros de altitude.
Como é uma região relativamente seca, é na bromélia que o anfíbio encontra a água que precisa para viver e se reproduzir.
Seus hábitos alimentares ainda não puderam ser observados, mas a investigaora acredita que, assim como outros animais semelhantes, ele se alimente de invertebrados que vivem na mesma planta.
Animal não passa de 2 centímetros de comprimento. (Foto: Izabela Menezes Barata/Divulgação)
Seu habitat é tão restrito que a perereca já será cadastrada como uma espécie ameaçada de extinção.
“Os ambientes de altitude serão os mais afetados pelas mudanças climáticas”, diz Izabela. A presença humana, como de apanhadores de bromélias, também pode ameaçá-la.
De acordo com a investigadora, o processo de descrever o animal para que seja oficialmente catalogado como uma nova espécie ainda demora entre um e dois anos, e inclui uma análise de ADN para identificar com quais outras variedades eles mais se parece.
fonte: G1
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