terça-feira, 17 de março de 2015

Os Aspectos Sobrenaturais do Mito do Pé Grande


ESQ.: A criatura descrita pelo topógrafo australiano Charles Harper (1840–1930), desenhada por Will Donald, para o jornal australiano Sydney Sun, 1912. DIR.: Estátua de madeira representando um Yowie. Em Kilcot, Queensland - Austrália. 

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CRIATURAS MÍTICAS. O Bigfoot ou Pé-Grande é uma criatura mítica geralmente descrita e associada como um primata de grande porte de espécie desconhecida, praticamente uma ficção que pertence ao universo das lendas. Provas irrefutáveis de sua existência jamais foram encontradas de modo que - oficialmente, para a Ciência, o Bigfoot não existe.

Todavia, o mito persiste e suas 'histórias aparecem em culturas de diferentes partes do mundo. É o Yeti, das montanhas Himalaias; o Sasquatch, na América do Norte, ODugugal, Yahoo, Yowie ou simplesmente, 'O Homem Peludo da Austrália também chamado 'Gorila australiano.

Este espécime australiano tem características muito peculiares assim como curiosas são as tradições relacionadas às suas misteriosas aparições.

Na Austrália, muito especialmente, as lendas-teorias que buscam entender esta criatura encontram-se aquelas consideram as estranhas formas que a matéria pode assumir, o papel da consciência humana sobre a realidade física e avistamentos relatados como eventos quase sobrenaturais - que sugerem a conexão entre diferentes dimensões existenciais.

CHARLES HARPER - UM ENCONTRO ATERRORIZANTE

Charles Harper, topógrafo, trabalhou durante 50 anos nas montanhas costeiras e desfiladeiros de New South Wales (Austrália). Sua experiência com os Yowie foi publicado, reportagem do jornal Sydney Sun em 10 de novembro de 1912.

Esse mesmo relato foi incluído no livro The Yowie, in search of Australias's Bigfoot - deTony Healy e Paul Cropper.

Charles Harper conta: Em várias partes da zona litorânea ao sul do estado, diversas vezes, durante um longo período, conheci homens, homens sérios que, sem hesitar afirmaram terem visto, a curta distância, a criatura peluda, um animal hominídeo. Esses homens ficaram aterrorizados com a aparição, na mata - e com o barulho medonho que fazia, de tal modo, que fugiam, sendo lenhadores, deixando para trás suas ferramentas de trabalho e abandonando completamente a área onde o encontro ocorreu.

Porém, Harper não conhecia o Yowie somente por ouvir falar. Ele teve seu próprio encontro. Estava acompanhado de uma equipe, vários homens e cães, fazendo o reconhecimento de uma região de natureza intocada, selvagem. Harper descreveu a criatura: 

Era enorme, semelhante a um homem estava de pé, distante de nós e de nossa fogueira não mais que 20 metros. Ele rosnava, fazia caretas e batia no peito com suas 'mãos enormes. Ficou assim por algum tempo, o suficiente para que pudesse memorizar a figura em minha mente.

Harper continua falando dos longos braços do Yowie e de sua coxa, desproporcional em relação ao todo da perna. 'A cabeça e o rosto eram muito pequenos mas, muito humanos. Os olhos eram grandes, escuros... Possuía dois longos caninos que projetavam-se para fora, sobre o o lábio inferior, mesmo quando a boca estava fechada. Horrível. No fim, a Yowie fugiu dos homens e os homens, fugiram do Yowie.

A oeste de Sydney na região de Blue Mountains em Springwood, moradores disseram aos pesquisadores Healy e Cropper que, ali, os avistamentos são frequentes. O casal Jerry e Sue O'Connor afirmaram ter observado estas criaturas repetidamente em sua propriedade. Certa vez, um Yowie chegou a bater nas paredes da casa e - posteriormente, puderam ver suas pegadas.

FENÓMENOS ELÉTRICOS

Os O'Connors também relataram uma espécie de fenómeno elétrico que acompanha as aparições e reflete-se num sintoma físico, um mal-estar sobre os rins. Healy e Cropper explicam:

'As vezes ele cria uma sensação de queimar porém, é o queimar de algo muito gelado que pode evoluir para um certo grau de paralisia como se uma atmosfera de nitrogénio os acompanhasse. Há pessoas que sentem muita sede. Muitos acordaram de um sono profundo tomados pelo frio e, de algum modo, os Yowies parecem produzir isso ou estão associados a este fenómeno.

Na propriedade dos O'Connor, um lugar em especial atrai os Yowies: a pequena construção onde estão instalados o medidor de energia elétrica e a caixa de fusíveis. Na América, o pesquisador de Bigfoot - Stan Gordon também observou esta peculiaridade: os Bigfoots são notoriamente atraídos para contadores de eletricidade.

Entre os aborígenes australianos é fato conhecido que as aparições dos Yowie são esperadas durante as tempestades, quando o nível de cargas elétricas (dos raios) aumenta na atmosfera.

VISÍVEIS MAS, INTANGÍVEIS

Estes estranhos fenómenos que acompanham os avistamentos de Yetis ou Yowies - além de outros registos que mencionam contacto telepático entre humanos e Bigfoot - deram origem á uma teoria segundo a qual estas criaturas, na verdade, não pertencem a este mundo.

Antes, habitariam outra dimensão ou 'Reino de existência e, de algum modo, mesmo involuntário, interagem com a realidade dos homens da Terra.

Sobre essa questão, Healy e Cropper escrevem: A ideia de que estes gigantes peludos seriam extra-dimensionais, embora não admitida pela maioria dos pesquisadores assim como pelas maioria das testemunhas de avistamentos, todavia, poderia explicar alguns dos aspectos mais estranhos observados, concomitantes ao fenómeno Yeti.

Aspectos tais como, sua aparente invulnerabilidade às balas de armas de fogo; sua capacidade de induzir um terrível medo aos homens e cães em suas proximidades; o mau cheiro asfixiante e não biológico que os acompanha, semelhante ao odor de fiação elétrica queimada; um estranho brilho que seus corpos e olhos emitem; sua coincidência com fenômenos do tipo poltergeist; sua elusividade ou capacidade de simplesmente desaparecer de repente, entre outros eventos.

Na Austrália, os aborígenes, como Percy Mumbulla, afirmam: 'Os Dulugal são de outro reino. O líder tribal norte-americano da região de Everglades, norte do estado da Florida - Bobby Tiger contou a Healy/Cropper que os Sasquatches são apenas...suficientemente sólidos quando estão aqui. Eles abrem trilhas na mata, matam animais mas, podem desaparecer completamente. O que nosso povo diz é que estas criaturas são de outra dimensão.

PARANORMAL

O criptozoólogo Jonathan Downes diz que ele e mais cinco companheiros de expedição viram um desses gigantes, em 2003, em Borlam lake, Nothumberland - norte da Inglaterra. Downes observa que aquela floresta não poderia sustentar primatas e comentou, ainda: Eu acredito que [eles, os Yetis] são algo de natureza parapsicológica, algo que é regido por leis da Física que nós não compreendemos.

John Keel, autor de The Mothman prophecies, compartilha essa opinião: [As pegadas]...apresentam uma morfologia estranha, possuindo três, as vezes, quatro dedos, uma impossibilidade anatômica para um primata... Eles perseguem carros e roubam gado. Gritam furiosamente e apesar de sua altura, avantajada, apesar de seu grande volume corporal e peso, somem no nada quando são perseguidos. Eles poderiam ser entidades paranormais ou aparições metafísicas.

CANADÁ: WINDIGO

Os nativos do Canadá chamam criaturas semelhantes de Windigo (ou Wittigo), uma criatura monstruosa, solitária e insana. As tradições tribais consideram-nos como amaldiçoados. Pessoas, sim, mas que enlouqueceram e atormentadas por espíritos maus começam a se transformar em uma aberração. Tais pessoas devem ser mortas antes que se tornem, definitivamente, antropófagos.

Nesta versão dos autóctones canadenses, portanto, o gigante peludo é o resultado de uma síndrome específica cujos primeiros sintomas são delírios, alucinações, grande agitação seguida de depressão e medo de ser incapaz de controlar impulsos sádicos. Uma vez contaminado pelo mal, não há cura.


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