sexta-feira, 13 de março de 2015

NASA lança missão para estudar campo magnético da Terra


Fotografia © Arquivo EPA 

A missão vai começar a enviar dados à terra em setembro e prevê-se que esteja em funcionamento durante dois anos.


A agência espacial norte-americana NASA lançou esta sexta-feira uma missão pioneira para estudar a interação do campo magnético da Terra com outros corpos celestes, como o Sol.

O lançamento da missão, com dois anos de duração e avaliada em 1.100 milhões de dólares (1.036 milhões de euros), a partir da base de Cabo Canaveral, na Florida, teve lugar às 22:44 locais (02:44 em Lisboa) e foi um sucesso.

"Os responsáveis da missão esperam receber a confirmação do envio com êxito dos quatro artefactos espaciais cerca das 00:29 locais (04:44 em Lisboa), explicou a agência espacial norte-americana em comunicado.

Os quatro observatórios espaciais idênticos que compõem o Sistema Multiescala Magnetosférico (MMS) partiram a bordo de um foguete Atlas V.

Em setembro, a missão vai começar a enviar dados à Terra, prevendo-se que esteja em funcionamento durante dois anos, ainda que a NASA não descarte a possibilidade de alargar esse período.

A missão permitirá a primeira visão tridimensional da conexão magnética da Terra com o Sol, um processo que possibilitará compreender como se ligam e desligam os campos magnéticos no universo.

Os cientistas esperam obter dados sobre a estrutura e dinâmica da energia que os campos magnéticos trocam quando se encontram, momento em que se produz uma explosiva libertação de energia.

Os quatro observatórios, equipados com sensores de alta precisão, vão voar simultaneamente em formação, a uma distância de cerca de dez quilómetros umas das outras, para que a combinação dos seus dados permita ter essa visão a três dimensões.

Esta missão também será chave para entender como a troca de energia afeta os fenómenos meteorológicos no espaço e o seu efeito sobre os sistemas tecnológicos modernos, como as redes de comunicações, de navegação GPS e as redes de eletricidade.


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