terça-feira, 18 de junho de 2013

Google envia para o espaço balões Internet


A Google revelou, este sábado, o seu plano secreto de enviar balões para o espaço, com o objetivo ambicioso de levar Internet aos dois terços da população mundial que não têm acesso à web. 

Cientistas do gigante tecnológico lançaram 30 balões cheios de hélio, voando 20 quilómetros acima de Christchurch, na Nova Zelândia, e levando antenas ligadas a estações em terra, afirma a empresa em comunicado.

Ainda na sua fase inicial, o "Projeto Loon" espera poder vir a lançar milhares de balões, para fornecer Internet a partes remotas do mundo, permitindo que mais de quatro mil milhões de pessoas sem acesso fiquem online.

"Balões, transportados pelo vento até altitudes duas vezes superiores às atingidas por aviões comerciais, podem levar a Internet até ao solo, a velocidades semelhantes ou superiores às das atuais redes 3G ou mais rápida", disse a Google em comunicado.

Embora reconhecendo que ainda "é muito cedo", a Google considera possível que "um anel de balões, voando ao redor do mundo em ventos estratosféricos, possa ser uma maneira de fornecer acesso à Internet em zonas rurais, remotas e carentes, ou ajudar após desastres, quando as infraestruturas de comunicação existentes são afetadas".

O sistema funciona por estações terrestres ligadas a infraestruturas da internet local e emitindo sinais para os balões, que são autoalimentados por painéis solares.

Os balões são então capazes de se comunicar uns com os outros, formando uma rede de malha no céu.

Os utilizadores em terra têm antenas de Internet, que colocam num lado da casa, que podem enviar e receber os sinais dos balões que passam em cima.

Cerca de 50 pessoas foram escolhidas para participar no teste experimental de hoje e conseguiram ligação à Internet.

O objetivo final da empresa é ter um anel de balões circundando a Terra, de forma a garantir que ninguém no mundo fique sem acesso à Internet.

"A ideia pode soar um pouco louca -- e isso é parte da razão para o projeto se chamar "Loon Project" -- mas tem na sua base ciência muito sólida", acrescenta a Google, sublinhando, contudo, tratar-se de uma tecnologia altamente experimental, pelo que ainda há "um longo caminho a percorrer".


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