Visão artística da entrada da Voyager 1 na região do Sistema Solar conhecida por estrada magnética, onde as partículas carregadas eletricamente com origem no espaço interestelar são em maior quantidade do que as da heliosfera NASA/JPL-Caltech
A Voyager 1 está prestes a deixar o Sistema Solar, tornando-se no primeiro objeto feito por humanos a chegar ao espaço interestelar.
A nave espacial americana Voyager 1, lançada pela NASA em 1977, está a 18 mil milhões de quilómetros do Sol, o que significa que se prepara para abandonar o Sistema Solar e tornar-se no primeiro objeto fabricado por humanos a atingir o espaço interestelar.
A nave encontra-se neste momento a atravessar uma região da heliosfera (zona de influência do Sol) conhecida por estrada magnética, onde regista a maior taxa de sempre de partículas carregadas electricamente vindas de fora da heliosfera, em simultâneo com o desaparecimento das oriundas do interior da heliosfera.
A heliosfera estende-se por 13 mil milhões de quilómetros para além dos planetas do Sistema Solar e é dominada pelo campo magnético do Sol e pelos ventos solares. O espaço interestelar é ocupado por matéria proveniente de outras estrelas e pelo campo magnético da Via Láctea.
Uma viagem de 36 anos
Os últimos dados sobre a nave deram origem a três artigos científicos publicados ontem na revista americana "Science", mas a verdade é que os cientistas da NASA não sabem com precisão a que distância se encontra a Voyager 1 do espaço interestelar, admitindo que a nave possa demorar alguns meses a atingi-lo.
As naves gémeas Voyager 1 e Voyager 2 foram lançadas há 36 anos, em 1977, tendo passado pelos planetas Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno antes de embarcarem na sua missão interestelar em 1990.
Uma das suas missões é precisamente medir o tamanho da heliosfera. A Voyager 2 está a uma distância mais próxima do Sol do que a sua irmã gémea - 15 mil milhões de quilómetros, o que quer dizer que se encontra ainda dentro da heliosfera.
fonte: Expresso
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