domingo, 4 de junho de 2017

8 relatos sobre óvnis, abduções e ETs que você precisa conhecer


Os relatos mais bem documentados de contato extraterrestre na Rússia, no Irão, nos EUA (incluindo o caso Roswell) e até no Brasil

Corpos que voam com velocidades incríveis, emitindo luzes capazes de cegar e deixando marcas no chão e em pessoas. Relatos de quem já viu um objeto voador não identificado (óvni) são cheios de mistério e um quê de charlatanismo. Os ufólogos – gente que investiga essas ocorrências – afirmam que 95% dos avistamentos de disco voador são engano: na maioria das vezes, não passam de um equipamento aéreo incomum, um fenômeno eletromagnético ou pura invenção. De olho na estatística, MUNDO ESTRANHO reuniu casos cheios de evidências, documentados por governos e que nem investigações militares minuciosas conseguiram explicar.


ROSWELL (EUA), 1947

Um dos incidentes mais investigados da história permanece sem explicação, abrindo margem para teorias conspiratórias

O fazendeiro William Mac Brazel era acostumado a encontrar peças de balões meteorológicos em sua propriedade, a cerca de 50 km de Roswell, sudoeste dos EUA. Em 1947, descobriu que a imprensa tinha interesse por evidências de alienígenas na região e só então deu atenção a destroços incomuns que apareceram no rancho.

O major Jesse Marcel foi até o local resgatar o que havia caído do céu. A notícia se espalhou e o jornal Roswell Daily Record publicou, em 8 de julho, que a Força Aérea havia capturado um disco voador. No dia seguinte, porém, o jornal se retratou, explicando que os destroços eram de um balão meteorológico.

O incidente ficou esquecido por 30 anos, até uma entrevista de Jesse ao ufólogo Stanton Terry Friedman, em 1978. O major acreditava que os destroços fossem de uma nave alien. Desde então, o caso tem sido investigado por ufólogos, que acreditam que o Exército dos EUA tenha encoberto a descoberta de naves tripuladas.

Em 1994, o governo se pronunciou: os destroços de Roswell eram parte do projeto secreto Mogul, que usava balões equipados para detectar testes nucleares soviéticos. Três anos depois, outro relatório oficial afirmou que os supostos corpos de alienígenas eram bonecos, também usados em projetos secretos.

Em 1997, o coronel Philip Corso revelou, no livro The Day After Roswell, sua participação em um projeto secreto que investigava destroços de óvnis. Segundo o autor, as peças encontradas em Roswell foram base para o desenvolvimento de tecnologias como raio laser, fibra óptica, visão noturna, Kevlar e circuito integrado.

Em 2011, o FBI divulgou um relatório, datado de 1950. São citadas três naves, de 1 m de diâmetro, cada uma ocupada por três pequenos corpos.



(Pedro Piccinini/Mundo Estranho)

ARIZONA (EUA), 1975

Após ser abduzido por ETs, Travis Walton confirmou sua experiência no teste do polígrafo

Em 5 de novembro de 1975, o lenhador Travis Walton e cinco colegas voltavam para casa quando viram uma luz vinda detrás de uma colina. Quando se aproximaram, notaram que a origem era um objeto de 6 m em forma de disco. Um raio de luz azul atingiu Walton no peito. Assustados, os amigos correram e o deixaram para trás.

Walton sumiu por cinco dias, gerando suspeitas de ter sido assassinado. O relato dos amigos (principais suspeitos do crime), porém, foi confirmado em testes com polígrafo (detector de mentira). O equipamento também validou o depoimento de Walton, reaparecido a 80 km do local do avistamento: ele teria sido abduzido por ETs, que o examinaram.

Os aliens foram descritos como baixinhos, cabeçudos e com olhos ovalados. Vinte anos após publicar um livro sobre o episódio, Walton revelou: dentro do óvni, ele teria sido salvo por outra raça extraterrestre, que apresentava forma humanoide, com cabelos ruivos e roupas azuis.

Travis Walton narrou sua abdução no livro The Walton Experience, publicado em 1978. Em 1993, a história virou o filme Fogo no Céu.



(Pedro Piccinini/Mundo Estranho)

SUDESTE DO BRASIL, 1986

Um dos avistamentos mais documentados da história envolveu até caças da Força Aérea Brasileira (FAB)

Em 19 de maio, uma revoada de óvnis foi detectada pelas torres de controle dos aeroportos de São José dos Campos e de São Paulo. O Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta I), em Brasília, confirmou no radar a presença de 21 objetos congestionando o tráfego aéreo.

Com o espaço aéreo ameaçado, o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro enviou um caça F-5E da Base Aérea de Santa Cruz (RJ) para interceptar os óvnis e três jatos Mirage III decolaram de Anápolis (GO) para ajudar na busca. Os pilotos avistaram pontos luminosos que faziam ziguezague a mais de 1.000 km/h.

Os jatos não detiveram os objetos, que sumiram rumo ao litoral sem deixar rastro. No dia seguinte, o ministro da Aeronáutica, brigadeiro Moreira Lima, junto aos pilotos dos caças, concedeu uma entrevista coletiva, detalhando a operação. Foi a primeira vez que autoridades militares brasileiras admitiram ter visto óvnis.

Em 2009, 23 anos após o evento, a FAB divulgou um relatório oficial do caso, afirmando que os objetos vistos naquela noite eram “sólidos e refletem de certa forma inteligência, pela capacidade de acompanhar e manter distância dos observadores, como também voar em formação, não forçosamente tripulados”.



(Pedro Piccinini/Mundo Estranho)

KAPUSTIN YAR (URSS), 1948

O imenso território russo também esconde antigos casos de óvnis

Em meio à Guerra Fria, os soviéticos tinham instalações militares secretas, como Kapustin Yar, um sofisticado centro de testes de foguetes. Em funcionamento até hoje, a base foi uma das regiões mais vigiadas pelos EUA, pois lá poderiam estar as pesquisas que deram a vitória aos russos na corrida espacial.

Acredita-se que em Kapustin Yar fizessem engenharia reversa para copiar a tecnologia de naves capturadas de origem norte-americana, alemã e até ET. Um dos casos teria rolado em 1948: um óvni metálico e em forma de charuto foi avistado pelo piloto de um caça MIG a 10 km da base.

O piloto travou um combate de três minutos contra o óvni, que emanava uma luz brilhante. Ao lançar um míssil, o objeto “revidou” com um feixe de partículas. Os relatórios sugerem que o MIG e o óvni foram abatidos. Assim como em Roswell, os militares resgataram os destroços sem alarde.



(Pedro Piccinini/Mundo Estranho)

OCEANO PACÍFICO, 1990

Ufólogos acreditam que quase metade dos eventos inexplicáveis aconteça nos oceanos, dentro e fora d’água

Também há registros de eventos estranhos avistados no mar, como corpos que navegam a velocidades incríveis, interferências nos instrumentos de bordo de submarinos e outras bizarrices. Esses casos de objetos submarinos não identificados (osnis) também são pesquisados por ufólogos.

Em 1990, tripulantes de um contratorpedeiro russo presenciaram um objeto de 10 m de comprimento e sem janelas emergir e se afastar devagar, emitindo luzes coloridas. De repente, o osni levantou voo e sumiu. O capitão do navio, Nikolai Petrov, diz ter testemunhado seis avistamentos desse tipo.



(Pedro Piccinini/Mundo Estranho)

ESPAÇO SIDERAL, 1981

Os relatos de astronautas sobre objetos, sons e fenômenos estranhos inundam a literatura ufológica

A nave russa Soyuz T-4, com o comandante Vladimir Kovalenok e o engenheiro de voo Viktor Savinikh a bordo, aportou na estação orbital soviética Salyut 6. Dois meses depois, os cosmonautas tiveram contato visual com um óvni esférico, de 8 m de diâmetro, tripulado por três ETs.

O caso foi revelado pelo tenente-general Beregovoy em uma reunião com líderes, cientistas e ufólogos soviéticos. Há relatos de que os cosmonautas teriam feito um vídeo de 45 minutos, que permanece secreto, no qual se veem os aliens fora do óvni. Eles teriam começado contato, mas foram proibidos de jogar conversa fora.


(Pedro Piccinini/Mundo Estranho)


PARÁ (BRASIL), 1977

A FAB montou uma operação para investigar estranhos fenômenos relatados pela população amazônica

Entre 1976 e 1978, moradores da região da ilha de Colares (PA) avistaram estranhas luzes no céu. Essas aparições seriam hostis, causando paralisia e queimaduras na pele, após “chuparem” o sangue das pessoas. O evento causou histeria na população, que buscava até explicações religiosas para o fenômeno.

Em 1977, após a imprensa alertar sobre os “chupa-chupa” (nome popular do fenômeno), a Aeronáutica enviou mais de 60 pessoas para investigar e manter a ordem. Durante quatro meses, os militares da Operação Prato testemunharam os mesmos fenômenos relatados pela população.

Os documentos liberados pelo governo não são conclusivos, mas atestam as informações que o capitão Uyrangê Hollanda Lima, líder da operação, revelou em uma entrevista de 1997: os militares teriam testemunhado naves de vários formatos e tamanhos, algumas com dezenas de metros de diâmetro. Hollanda Lima cometeu suicídio dois meses depois da entrevista.

Foi a primeira vez que uma força armada brasileira esteve publicamente envolvida na investigação de óvnis. Os militares documentaram todos os relatos (inclusive deles próprios) em textos, fotos e vídeos. Em 2009, o governo divulgou parte do relatório, mas, segundo ufólogos, milhares de páginas e horas de vídeos ainda estão em sigilo.

A ironia é que, poucos anos antes, foi fechado um órgão da Aeronáutica que estaria mais apto a essa apuração. O Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (Sioani) foi criado em 1969 e composto de pesquisadores civis e militares. Segundo os ufólogos, o projeto tinha grande rigor em suas investigações, mas foi cancelado em 1972 devido ao ceticismo dos militares.

Desde então, o Brasil não teve nenhum órgão oficial para investigar UFOs, mas segue com diretrizes para o registro de qualquer objeto estranho no ar por meio do formulário de Tráfego Hotel, que todo piloto precisa preencher em caso de avistamento.



(Pedro Piccinini/Mundo Estranho)

TEERÃ (IRÃ), 1976

Uma das regiões com mais avistamentos de óvnis no mundo reúne casos impressionantes, como essa perseguição aérea

Moradores de Teerã alertaram a Força Aérea Iraniana (FAI) de que um óvni sobrevoava a cidade. No primeiro momento, os oficiais acreditaram se tratar de Vênus, mas os relatos não paravam de chegar. Ao investigarem o que havia no céu, notaram que o objeto era maior e mais brilhante do que o planeta.

Um caça F-4 Phantom foi enviado para interceptar o UFO. O avião decolou na Base Aérea de Shahrokhi, a mais de 280 km da capital. No meio do caminho, apresentou falhas no sistema de comunicação e nos instrumentos de voo. O piloto teve que retornar para a base e, ao se distanciar de Teerã, tudo voltou ao normal.

Uma nova perseguição foi feita com outro caça. Dessa vez, o avião conseguiu se aproximar do objeto, voando acima dos 1.200 km/h. Os radares já detectavam o UFO, mostrando que ele tinha mais de 45 m de comprimento. Segundo o piloto Jafari, o objeto tinha luzes coloridas, que se alinhavam em forma de triângulo.

Jafari viu um pequeno objeto sair de dentro do óvni e se aproximar do caça, a toda velocidade. Ameaçado, tentou lançar um míssil, mas o painel de armamentos falhou, prejudicando a comunicação com a base. O piloto fez uma manobra evasiva e o objeto retornou à nave-mãe, que acelerou e sumiu de vista.

Além do relatório oficial, o caso foi documentado pela Agência de Inteligência de Defesa dos EUA, que notificou a Casa Branca e a CIA. Em 1994, um piloto iraniano declarou que o UFO teria subido 10 mil metros de altitude, em velocidade de 24 mil km/h – o F-4 Phantom chegava, no máximo, a 2.370 km/h.


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