Consolata Melis á a mais velha de nove irmãos e fez 105 anos na quarta-feira
A família mais longeva do mundo vive na ilha italiana da Sardenha e o mais velho de nove irmãos fez, na quarta-feira, 105 anos. No total, a idade dos irmãos é de 818 anos e o feito já lhes valeu o reconhecimento do "Guinness".
Consolata Melis festejou, na quarta-feira, o 105º aniversário. Diz que o segredo da longevidade "é fazer amor todos os domingos", mas a genética da família merece ser tida em conta, porque tem mais oito irmãos idosos - cinco mulheres e três homens - sendo que a mais nova tem 78 anos. Quatro dos irmãos já entraram nos 90 anos e três são octagenários.
A idade impressiona e o livro do "Guinness", depois de verificar que o feito era único, deu-lhes o título de família mais longeva do mundo, uma vez que "combinando as idades, estas perfaziam o maior total existente": 818 anos. Para além dos nove irmãos, a família de Consolata Melis completa-se com nove filhos, 24 netos, 25 bisnetos e três tetranetos.
Na quarta-feira, a pequena cidade de Perdasdefogu, na região de sardenha de Ogliastra, onde a família vive, teve festa. Os irmãos continuam a ter uma vida ativa e são quase figuras públicas. O autarca da cidade, Mariano Carta, disse, ao canal de televisão norte-americano ABC, que Consolata "parecia estar muito feliz [no dia do seu aniversário] e em boa forma". A idosa, embora precise de ajuda para andar, mantém intacta a sua lucidez.
Há já algum tempo que investigadores procuram o segredo para a longevidade dos habitantes da ilha. Na regiaõ de Ogliastra, há 370 pessoas que têm mais de 100 anos, um registo só igualado pela ilha japonesa de Okinawa.
O segredo de Ogliastra pode estar numa mistura de factores que só se encontram na ardenha. Luca Deiana é investigador da Universidade de Sassari, na ilha, e dedica-se a estudar este fenómeno.
Consolata Melis
Para Deiana, a "genética importa" mas há algo mais a ter em conta como as "boas propriedades da terra e dos produtos que dá como as pêras e as ameixas que contribuem para uma vida longa".
O autarca de Perdasdefogu também tem a mesma opinião. "Certamente que os genes contam mas depois há a nossa qualidade de vida, a tranquilidade, o nossos hábitos saudáveis e relaxados, a simplicidade da comida local", garante Mariano Carta.
Consolata, que praticamente não frequentou a escola e fala no dialeto sardenho, explica que quando ouve as pessoas falarem em "stress" não as compreende."No meu tempo as mulheres tinham de lavar a roupa no rio mas agora as minhas netas têm máquinas de lavar a roupa", disse a aniversariante ao jornal italinao "Corriere Della Sera", ao tentar justificar a mudança dos tempos.
Alguns dos irmãos ainda continuam a trabalhar e, no caso de Claudina, de 99 anos, ainda vai à missa todos os dias de manhã. A mulher explicou que quando o médico tentou receitar-lhe um medicamento, ela respondeu: "tenho apenas uma doença, a idade, e isso ninguém pode curar!".
fonte: Jornal de Noticias
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