O fóssil encontrado pode ser da família dos Saurópodes (Foto: Reprodução/TV Integração)
Segundo paleontólogo, ossos devem ser de dinossauro saurópode. Os objetos não têm valor comercial, mas são fonte de informação.
Uma equipa de investigadores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) descobriu fósseis com cerca de 70 milhões de anos próximo a Campina Verde, no Triângulo Mineiro, há cerca de um mês. E com uma nova visita ao local outros ossos foram encontrados.
A descoberta foi anunciada após as primeiras escavações e o osso com mais de um metro de comprimento foi levado ao laboratório da UFU, em Uberlândia. De acordo com o paleontólogo da universidade, Douglas Riff, os primeiros levantamentos indicam que o novo dinossauro pode chegar a 15 metros de comprimento.
“Muitos ossos ainda estão dentro das rochas porque nós estamos em pleno processo de preparação de estudo de material. Os ossos já resgatados, principalmente as vértebras do pescoço e das costas, as vértebras cervicais e dorsais, revelam que esse deve ser um dinossauro do grupo de saurópode, que são dinossauros herbívoros, com pescoço longo, que caminhavam em quatro patas e bastante populares em filmes”, explicou.
Segundo Douglas, a família do saurópode já é conhecida em Minas Gerais, principalmente em Uberaba.
Os vestígios de dois animais dessa espécie foram encontrados às margens da rodovia federal que liga São Paulo a Cuiabá.
Com as obras da BR-364, no Triângulo Mineiro, as máquinas escavaram rochas do tipo arenito e foi a partir de uma simples observação que os investigadores identificaram pontas de ossos.
Os investigadores estão no processo de preparação (Foto: Reprodução/TV Integração)
Douglas explicou também que no local foram removidas mais de cinco toneladas de rochas. Os objetos não têm valor comercial, mas para os investigadores são uma valiosa fonte de informação.
“Nós temos algumas camadas sucessivas horizontalmente relacionadas, que nós podemos observar através das cores. A camada mais antiga foi anteriormente depositada com uma coloração diferenciada e mais amarelada”, contou o estudante de ciências biológicas, João Ferreira Matos.
Encontrar os fósseis às margens de uma rodovia federal também foi uma questão de sorte. O novo osso estava cravado entre as rochas, a poucos metros do local onde foram encontrados restos do primeiro animal pré-histórico.
“Num nível um pouco abaixo daquele que achamos o titanossauro encontramos também um osso isolado, por enquanto, da perna, um fémur, que não estava próximo nem lateralmente, nem horizontalmente”, completou o paleontólogo Douglas.
fonte: G1
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