A calote glaciar do Oceano Ártico está a derreter a uma velocidade surpreendente e poderá atingir o seu nível mais baixo dentro de duas semanas, previram na terça-feira cientistas da universidade norte-americana do Colorado, noticia a AFP.
"Se a fusão se interrompesse repentinamente hoje [terça-feira], ficaríamos no terceiro nível mais baixo alguma vez registado por satélite. Temos ainda mais duas semanas de derretimento, portanto penso que vamos para um novo recorde", pormenorizou o diretor do Centro de Dados sobre os Gelos, da Universidade do Colorado, Mark Serreze.
Esta fusão é tanto mais espetacular quanto não houve acontecimentos meteorológicos particulares desde 2007, data do último recorde, avançou Serreze.
A fusão da calote glaciar está ligada ao aquecimento do clima, marcado por uma alta das temperaturas e um aquecimento dos oceanos, segundo Serreze, que lembra que em 2007 a calote glaciar só tinha 4,25 milhões de quilómetros quadrados. Vários estudos preveem que possa desaparecer durante o verão nas próximas décadas.
Numerosas temperaturas recorde foram assinaladas nos últimos anos em todo o mundo.
Nos EUA, o mês de julho foi o mais quente desde que há registos (1895), com temperaturas superiores em 1,8 graus Celsius à média do século XX, segundo a agência norte-americana para a Atmosfera e os Oceanos (NOAA, na sigla em Inglês).
fonte: Diário de Noticias
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