terça-feira, 12 de junho de 2012

Transe geral na Escola Preparatória Patrice Lumumba

A maior escola secundária da cidade de São Tomé, está a ser assaltada pelo fenómeno estranho em que as crianças entram em transe. O mesmo fenómeno que no ano 2011, provocou suspensão das aulas na escola preparatória da cidade de Guadalupe. Esta tarde cerca de 30 alunos da escola Preparatória Patrice Lumumba, entraram em transe num processo que começou há cerca de uma semana.

Desesperados os alunos marcharam em direcção ao Palácio dos Congressos onde decorre a Conferência Nacional sobre a Educação, para interpelarem o ministro da Educação Olinto Daio, em busca de ajuda para conter o fenómeno misterioso que está a tirar sossego na escola localizada no centro da cidade de São Tomé. Houve escaramuças entre os alunos, encarregados de educação e a segurança destacada no Palácio dos Congressos.

Note-se que em 2011, a escola preparatória da cidade de Guadalupe teve que ser encerrada por causa do fenómeno transe. Um curandeiro que foi contratado para expulsar o mau espírito na escola, acabou por morrer no acto do D´Jambi, após ter trepado um poste de energia no centro da escola de Guadalupe.

fonte: Téla Non

Transe persiste na Escola Patrice Lumumba

Só esta manhã pelo menos 20 alunos entraram em transe na escola Patrice Lumumba. Após a suspensão das aulas na última semana, a escola reabriu esta segunda feira. O fenómeno transe voltou a manifestar-se em força.


A escola preparatória Patrice Lumumba, está transformada num pandemónio. Esta manhã cerca de 20 alunos entraram em transe. Os agentes da polícia nacional destacados no centro de ensino não sabem o que fazer para evitar o transe. Os professores também estão traumatizados.

No átrio da Direcção da Escola, o Téla Nón viu pelo menos 5 crianças estateladas no chão. Ora rebolam, ora gritam, ora saltam. Rodeadas por agentes da polícia nacional, as crianças em transe se rebelam contra as autoridades policiais e demonstram ter uma força surpreendente para a sua idade. De cada manifestação de força de uma criança em transe, são necessários dois agentes da polícia para conseguir controla-la.

Minuto a minuto houvesse gritos na escola, é mais uma aluna que entrou em transe. No portão da escola dezenas de pais e encarregados de educação aflitos, procuram saber se são os seus educandos que entrou transe.

O pandemónio reina na escola, os professores que enfrentam o turbilhão manifestam-se também em crise psicológica. «Está difícil trabalhar nesta situação. Estou a fazer um esforço para falar porque o sistema nervoso e psicológico está alterado», afirmou Angélica Costa professora de língua portuguesa.

Os professores dizem que a equipa de psicólogos anunciada pelo Governo para acompanhar o fenómeno, nunca apareceu na escola Patrice Lumumba. «Segundo informações que tivemos na semana passada é que iríamos ter apoio da polícia, dos bombeiros, psicólogos e de alguns representantes do Ministério da Educação. Mas o certo é que simplesmente temos apoio da polícia. Não temos psicólogos nem nada», reclamou a professora.

 

Os professores consideram que o Governo deveria agir no sentido de retirar do recinto escolar, os alunos afectados pelo transe. «Deveriam ser conduzidos a casa, ou então ter um centro de acompanhamento das mesmas, seja aqui na escola ou num outro lugar», declarou a professora Angélica Costa.

A professora concluiu que a situação na escola é terrível. «Está difícil para a própria polícia controlar a situação. Eu acho que continuando assim a própria polícia vai desistir», concluiu a professora de português.

Um fenómeno que para o país ainda não tem explicação científica. A verdade empírica, ou melhor, a interpretação tradicional do fenómeno, é que está a vingar na sociedade, gerando mais preocupação a nível nacional.

fonte: Téla Nón

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