O selo mostra em primeiro plano a figura de Teodoro de Almeida (CTT)
Os Correios de Portugal emitem nesta quarta-feira um selo que celebra o trânsito de Vénus, um fenómeno astronómico muito raro, em que o planeta Vénus passa à frente do Sol, e pode ser visto de dia. O fenómeno decorreu a 5 e 6 de Junho, e não foi visto em Portugal. Só voltará a acontecer em 2117.
O selo chama-se “Trânsito Solar de Vénus 2012” e vão ser emitidos 142.000 exemplares, com o valor facial de dois euros. Em primeiro plano do selo está a figura do padre oratoriano Teodoro de Almeida, um dos quatro portugueses que observaram o trânsito de Vénus de 1761. Do lado direito, vê-se o Sol e um ponto escuro que é Vénus.
Todos os anos, os CTT emitem selos que dão o conhecimento dos factos mais importantes da história, cultura e da ciência, escolhidos por um conselho consultivo. “Estes trânsitos de Vénus são raríssimo”, explica ao PÚBLICO Raul Moreira, director de filatelia dos CTT. “Um dos mais importantes foi registado por quatro astrónomos portugueses, o mais conhecido de todos terá sido Teodoro de Almeida”, diz Raul Moreira, justificando a escolha desta personagem histórica que é relativamente desconhecida.
“Teodoro de Almeida publicaria os seus dados nas Mémoires de Mathemátique et de Physique [da Academia Real das Ciências de França], em 1774. Hoje é recordado como um dos mais salientes observadores, de entre os mais de 120 que registaram o fenómeno espalhados pelo globo”, explica o texto que acompanha a pagela dos CTT sobre a emissão do selo, da autoria do especialista em história da astronomia Luís Tirapicos.
Além do selo, vão ser emitidos blocos sobre o tema, onde se podem guardar “três ou quatro selos”, e que são mais utilizados pelos coleccionadores. O bloco tem duas partes: na parte de cima, uma ilustração do fenómeno, e na parte de baixo está representada a gravura de um selo onde se vêem astrónomos em observação. O desenho destas peças foi da responsabilidade da artista Elizabete Fonseca, do Atelier Acácio Santos.
Qualquer pessoa ou entidade pública ou privada pode fazer sugestões para selos ao gabinete de filatelia dos CTT.
fonte: Público
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