O desenho ilustra aves que não voavam da família Phorusrhacidae. Elas também eram conhecidas como aves do terror e viveram na Antártida há 48 milhões de anos, na ilha Rei George. Um grupo de investigaores chilenos encontraram fósseis de sessenta dessas aves Angelo Speziale/EFE
A revista Antartic Sciense publicou hoje descobertas feitas pelo cientista chileno Héctor Mansilla, do Instituto Antártico Chileno (Inach), na Ilha Rei George, na Antártica, de fósseis de aves similares a sabiás, corujas e patos de 48 milhões de anos.
Neste período, a Antártica ainda estava unida à Patagónia e um destes registos, o da icnoespécie Avipeda, é o primeiro que se realiza nessa região.
Para Mansilla, esta investigação permite redescobrir para a ciência um lugar que há milhões de anos se parecia muito com os pântanos costeiros do Estreito de Magalhães ou às florestas da Região dos Lagos, a mil quilómetros ao sul de Santiago.
O cientista contou que em 2009 viajou para a Ilha Rei Jorge, convidado pelo doutor Marcelo Leppe, paleobiólogo do Instituto Antártico Chileno, para participar de seu projeto sobre as conexões entre a Patagónia e a Antártica.
“Dentro dos lugares que tínhamos que explorar estava o Morro Fóssil e ali se produziu esse achado com mais de 60 peças encontradas neste ano”, destacou Mansilla.
O estudioso destacou ainda que “os vestígios fósseis são algo que não se conhece muito no Chile”. “Há muito pouca gente trabalhando nisso e é importante porque é uma ciência que está no esquecimento e que pode revelar informações muito valiosas para a reconstrução do ambiente antártico há 48 milhões de anos”, completou.
fonte: Correio do Brasil
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