Besouros da espécie Cotinis nítida, a espécie usada nos testes do cientista Ethem Aktakka
Em testes, insecto consegue gerar energia com próprio corpo e recarregar bateria de câmeras
Você já quis ser uma mosquinha na parede para saber o que estão falando em lugares onde não pode estar? Se não é possível ser a mosca, que tal colocar uma câmera num insecto e depois assistir tudo? O problema é como recarregar esses equipamentos minúsculos sem ser percebido. Cientistas da Universidade de Michigan conduziram testes de um método no qual o movimento do corpo do insecto gerar energia para recarregar uma bateria.
Para o teste, foram usados besouros da espécie Cotinis nítida. Às costas dos insectos foram atados sensores piezoelétricos. Materiais piezoelétricos geram corrente quando são dobrados ou deformados e, por isso, quando o besouro voa e mexe seu corpo, a energia é gerada.
Ethem Aktakka, o cientista responsável, criou dois protótipos de carregador. Um em forma de barra, que foi testado com o besouro e outro, em forma de espiral, que foi testado apenas em laboratório. O protótipo em barra gerou 7,5 microwatts, enquanto o em espiral gerou entre 18 e 22,5 microwatts – o que os investigadores dizem ser suficiente para carregar um pequeno equipamento electrónico.
Anteriormente, já foram testados outros meios de fazer com que um equipamento seja carregado no corpo de um insecto. Paineis solares minúsculos foram colocados nas asas dos insectos, mas a produção de energia era interrompida durante a noite e em dias nublados. O calor do corpo do insecto também foi usado, mas não foi suficiente. E uma bateria, por mais leve que seja, é pesada demais para um insecto carregar. A experiência de Aktakka parece ser mesmo o maior passo para a realização desse sonho de espiões.
fonte: Revista Galileu
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