No início deste ano, uma equipa de paleontólogos descobriu o que parece ser a calvária (parte superior do crânio) de um dinossauro desconhecido de 95 milhões de anos.
Análises posteriores mostraram que o osso provavelmente pertenceu a um carcarodontossaurídeo – uma ramificação do alossauro.
Dado o formato único de seu crânio, os investigadores concluíram que se trata de uma espécie nova, que eles resolveram baptizar em homenagem a Sauron, o antagonista da obra literária Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien.
Seu nome completo é Sauroniops pachytholus um gigantesco carcarodontossaurídeo bípede que vivei durante o período Cretáceo.
Os paleontólogos Andrea Cau, Fabio Dalla Vecchia e Matteo Fabbri acharam que apenas o fragmento já deu evidências o suficiente para garantir a classificação de uma espécie totalmente nova, e o trabalho deles descrevendo o novo dinossauro foi publicado na Acta Palaeontologica Polonica.
O interessante é que a descoberta dá crédito à hipótese de que um quarto terópode grande existiu no Cenomaniano do Marrocos juntamente ao carcarodontossaurídeo, o deltadromeus e o espinossauro – todos eles ao mesmo tempo.
Infelizmente, o fragmento ósseo limitado revela muito pouco sobre o Sauron. Dito isso, os investigadores especulam que ele era mais longo, acima dos 9,14 metros, e que ele era tão grande quanto o carcarodontossaurídeo. Os paleontólogos estão obviamente esperando encontrar mais fósseis para que haja certeza absoluta.
Há também uma protuberância em sua cabeça. Brian Switek, do Instituto Smithsonian, oferece algumas teorias para sua função:
“Porque um terópode tão grande tinha uma protuberância em sua cabeça? Em outras linhagens de terópodes, como os abelissaurídeos, protuberâncias e chifres são formas comuns de ornamentação. Talvez o mesmo tenha sido verdade para o Sauroniops – graças ao acrocantossauro e o concavenator, nós sambemos que os carcarodontossauros se exibiam com sinais visuais”.
“De novo, Andrea e os coautores especulam se a protuberância possa ter sido um sinal sexual ou talvez tenha sido usado pra dar golpes com a cabeça. Eu acho que a última hipótese é improvável, especialmente porque nós não sabemos como é a microestrutura da protuberância e não há nenhuma evidência de patologia, mas ainda é uma possibilidade distante.”
“Por enquanto nós só podemos especular – e esperar que mais fósseis sejam descobertos”, concluiu.
fonte: Jornal Ciência
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