sábado, 4 de agosto de 2012

Será que um dilúvio ameaça a Terra?


Por causa do calor em julho teve início o derretimento rápido do gelo que cobre a maior ilha do mundo, a Groenlândia. 

As opiniões de especialistas divergem e vão desde visões apocalípticas à uma atitude pouco preocupada com as consequências do impacto do degelo rápido na Groenlândia e seu efeito no aumento do nível dos oceanos.

O gelo acumulado nos icebergues da Gronelândia é o segundo maior depósito depois da Antártida. Na verdade só há esses dois. 

Segundo os cientistas, o derretimento dos icebergues e prateleiras de gelo de 2003 a 2010 aumentou o nível do mar em apenas meio milímetro, disse à Voz da Rússia o Doutor em Ciências Geológicas e Mineralógicas, professor titulado Igor Davidenko:

"Quando eu leio em jornais e revistas ou ouço na televisão a ideia ingénua de que, com o derretimento do gelo da Antártida e da Gronelândia, a água do oceano subirá 70 metros, quero repetir que isso é um absurdo, uma completa ignorância no assunto. Gelo constitui apenas 1,6 por cento de toda a hidrosfera."

A camada de gelo na Gronelândia está próxima do 81º grau de latitude norte e se conecta com o Oceano Ártico através do icebergue Peterman, explica Igor Davidenko. 

O comprimento da camada é de 70 km, a largura é 15, a espessura varia de 80 a 600 metros. No centro de uma ilha, o icebergue gigante atinge uma altura de 3,5 km. Cada vez no verão o gelo se derrete mais ou menos pela metade. 

A maior parte da água que se forma no interior da ilha, eventualmente congela-se de novo e só nas margens entra nos mares circundantes. Durante o período entre abril de 2002 e fevereiro de 2009, o gelo da Gronelândia "emagreceu" por 1,6 mil quilómetros cúbicos. 

O derretimento rápido das geleiras na Gronelândia, não trará nada fora do habitual ao meio ambiente da região, salienta Igor Davidenko.

Os especialistas acreditam que a causa da situação extraordinária na Gronelândia está na influência das massas de ar quente que estão paradas em cima da ilha desde o final de maio. A última frente excepcionalmente forte de ar quente começou a se dissipar aqui somente em 16 de julho.


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