quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Descobertas as mais antigas unhas de primatas que se conhecem


"Teilhardina brandti" era uma espécie de lémure de pequenas dimensões

«Teilhardina brandti» era uma espécie de lémure que viveu há 55 milhões de anos

O primata Teilhardina brandti terá sido um dos primeiros a possuir unhas. Paleontólogos da Universidade de Flórida analisaram os fósseis de mais de 25 exemplares desta espécie extinta. Segundo os investigadores, as células endurecidas dos dedos apareceram há 55 milhões de anos, durante o Eoceno, facilitando um tacto mais possibilidades sensitivas.

Publicado no «American Journal of Physical Anthropology», o trabalho explica que as unhas permitiram a esta espécie de lémure pendurar-se aos galhos das árvores e mover-se agilmente entre elas.
Jonathan Bloch, do Museu de História Natural da Florida, explica que com a descoberta de fósseis do esqueleto de este primata primitivo ficou provado que as unhas estavam presentes no antepassado comum dos lémures, símios e humanos.

A investigação permite também compreender melhor as relações evolutivas dos antigos primatas modernos, assim como o meio ambiente em que se desenvolveram as unhas das mãos e dos pés.

Os vestígios dos Teilhardina brandti foram descobertos em escavações ao longo de sete anos, em Big Horn, Wyoming (EUA). Esta espécie de primatas é considerada a mais primitiva da América do Norte. Viveu há 55,8 milhões de anos, num momento de aquecimento da Terra, que durou 200 mil anos.

Foi nesta época que os mamíferos diminuíram o seu tamanho; os ungulados (animais com cascos) antepassados dos cavalos e dos veados, também apareceram no registo fóssil. Terá sido neste espaço temporal que se definiu uma grande parte da biodiversidade dos mamíferos modernos.


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