Fotografia © PNAS
O vírus gigante tem 30 mil anos. Os cientistas querem certificar-se de que ele não consegue causar doenças. O degelo provocado pelas alterações climáticas pode despertar outros vírus antigos.
Um grupo de cientistas francês anunciou esta semana, num artigo publicado na revista PNAS da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, que vai despertar um vírus gigante com mais de 30 mil anos que foi descoberto no gelo da Sibéria. Os cientistas alertaram para o perigo de que o degelo provocado pelas alterações climáticas possa fazer despertar outros vírus antigos que tenham a capacidade de afetar a vida atual no planeta.
Os investigadores que descobriram o Mollivirus sibericum anunciaram que vão certificar-se de que este não representa perigo antes de o despertarem. O vírus gigante, que já foi chamado Frankenvírus devido ao seu tamanho monstruoso, é muito maior do que os vírus normais.
O vírus foi descoberto no gelo da camada de permafrost de uma região deserta da Rússia. No entanto, os cientistas chamam a atenção para o perigo de que as alterações climáticas aqueçam essa região e derretam o gelo que se pensava ser permanente, acordando vírus antigos que possam lá estar há milhares de anos.
O cientista que liderou a investigação, Jean-Michel Claverie, disse temer ainda que o degelo destas zonas as exponha à exploração industrial, visto que são regiões muito cobiçadas pelos seus recursos naturais, protegidas apenas em parte pelo seu gelo permanente, que dura todo o ano.
"Se não tivermos cuidado e industrializarmos estas zonas sem segurança, corremos o risco de um dia despertarmos um vírus como a varíola, que tínhamos erradicado", disse Claverie à agência Agence France Presse.
fonte: Diário de Noticias
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