Um tiro no peito e outro na cara. Foi assim que Bin Laden foi morto. Ou talvez não. Uma nova reportagem conta uma história muito diferente.
A tortura a que foi sujeito um informador que deu aos americanos informação relevante sobre a cidade, a campanha de vacinação contra a poliomielite que ajudou a identificar a casa onde o líder da Al Qaeda estaria e até o facto dos serviços secretos Paquistaneses não saberem de coisa alguma. Tudo isto e muito mais não passa de uma mentira diz o repórter Seymour Hersh, vencedor de alguns dos mais importantes prémios de jornalismo.
O jornalista revela que foi um agente secreto paquistanês que, em troca de dinheiro, revelou onde Bin Laden estava e que foi com a conivência do governo paquistanês e saudita que o terrorista foi morto. Ninguém queria Bin Laden vivo para contar a verdade e por isso, quando entraram no quarto do líder da Al-Qaeda os SEAL americanos descarregaram as armas.
O corpo de Bin Laden desfez-se em pedaços, conta o jornalista, que argumenta também que foi por essa razão que os Estados Unidos inventaram a história de que Osama tinha sido atirado ao mar.
O jornalista americano, diz ainda que o plano original era esconder a operação por uma semana e só depois revela-la atribuindo a morte a um ataque por drones. O problema foi o acidente com um dos helicópteros que acabou destruído e que, consideraram os americanos, iria levantar suspeitas.
A versão revelada acabou por servir os interesses da administração Obama e da CIA que viu branqueado o uso da tortura para a obtenção de informação.
O artigo de Hersh bate certo com muitos rumores que desde 2011 têm circulado acerca da morte de Bin Laden mas carece de fontes que deem o nome e a cara. Não é, no entanto, a primeira vez que o jornalista publica artigos demolidores baseados em fontes anónimas. As torturas na prisão de Abu Ghraib e o massacre de My Lai, no Vietname são dois exemplos.
fonte: TSF
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