Cientistas testaram um motor controverso para o qual ainda não há explicação de como funciona, mas uma viagem à Lua poderá demorar só quatros horas em vez de três dias
Em 2001, o engenheiro britânico Roger Shawyer revelou o EmDrive, um motor que funcionava apenas com um magnetão, o motor de um micro-ondas de cozinha. A invenção foi sempre ridicularizada por quebrar a terceira lei de Newton, mas agora um teste feito pela NASA provou o conceito, mas ninguém sabe porquê.
Um motor EmDrive usa ímanes para produzir micro-ondas que depois geram propulsão. Com 50 Watts de electricidade foi possível gerar 50 micronewtons de propulsão, menos do que o peso de um floco de neve. Mas se o motor estiver ligado durante muito tempo a propulsão vai aumentando gradualmente até eventualmente atingir velocidades de milhões de quilómetros por hora.
Teoricamente uma viagem à Lua poderia demorar apenas quatro horas, em vez de três dias. Chegar a Marte também só demoraria três semanas em vez dos três meses estimados pela NASA na missão ao planeta vermelho em 2030.
Quando a agência espacial norte-americana testou o motor e este funcionou, os engenheiros pensaram que era porque o ar do laboratório estava a ser aquecido, produzindo a propulsão, mas quando realizaram um teste em vácuo, o motor voltou a funcionar e os cientistas não sabem porquê.
O problema é que isto vai contra a terceira lei de Newton que diz: "Para toda a acção há sempre uma reacção oposta e de igual intensidade", ou "as acções mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas em sentidos opostos".
Essencialmente o EmDrive está a produzir mais propulsão do que do que energia usada.
No entanto, tudo pode não passar de um erro dos cientistas. Algumas teorias apontam que possa ser a velocidade das partículas da luz ou a própria força de impacto da luz em objectos, ou pode ser só uma reacção ao campo magnético da Terra.
Caso a aplicação funcione, naves espaciais não terão que levar combustível, usando apenas a luz do Sol recolhida por painéis solares, diminuindo os custos e aumentando o tempo de vida das missões.
fonte: Sábado
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