quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Polícia diz que família foi "atormentada por espíritos"


Fotografia © Fotografia tirada pela polícia na deslocação à casa

Chefe da polícia de Gary, em Indianópolis, afirma que é verdadeira a teoria da mulher que diz que os filhos de 9 e 12 anos foram apoderados por espíritos e que a casa onde viviam estava "possuída por mais de 200 demónios".

Latoya Ammons, mãe de três filhos, defendeu perante as autoridades que, entre outras coisas, o filho de 9 anos andou no tecto do hospital, e a filha de 12 terá levitado na sua cama.

A história mirabolante foi reportada pelo jornal local Indianopolis Star e ganhou novos contornos depois do chefe da polícia, Charles Austin - há mais de 36 anos ao serviço das autoridades -, ter dito acreditar na família.

Os alegados problemas terão começado depois de Latoya, a sua mãe e as crianças se terem mudado para uma nova casa na cidade de Gary, em novembro de 2011. Nessa altura, disse, apesar do tempo frio, uma praga de moscas apoderou-se das janelas da varanda da casa. Sons estranhos, como o ranger de portas e passos, também supostamente se faziam ouvir e, por fim, "figuras" surgiram na sala de estar, segundo a mulher.

Em março de 2012, as coisas pioraram, afirmou Latoya à polícia, dizendo ter visto a filha a levitar sobre a cama. Depois, relatou a mãe, "os olhos das crianças incharam, sorrisos maldosos marcavam os seus rostos, e as suas vozes ficavam mais profundas".

Por essa altura, a família contactou videntes e "especialistas no oculto", que lhes disseram que a casa seria o lar de mais de 200 espíritos demoníacos. E, segundo Latoya, as coisas continuavam a piorar: agora o filho também voava e a filha precisou de levar pontos na cabeça depois um golpe suspeito. Nesta altura, a avó relatou ao IndyStar ter receio que as autoridades julgassem que maltratavam as crianças.

Os estranhos incidentes levaram a polícia a deslocar-se à habitação e a analisar o caso. Momento que marcou a diferença para o chefe da polícia local: "A Latoya deixou-me entrar na casa e mostrou-me um monte de coisas. Não vi nada relacionado com o que ela disse, por isso, estava céptico. Achei que ela apenas queria dinheiro, que estava a inventar tudo", relatou Austin ao jornal. Mas uma fotografia tirada à casa quando estava, alegadamente, vazia, onde uma figura humana parece pairar no alpendre, deixou-o desconfiado.

Desconfiança que ficou comprovada quando, já no hospital, pessoal médico afirmou ter visto o menino a andar sobre as paredes e o teto do quarto. "Não acredito que aquelas cinco pessoas sejam malucas", disse. Altura em que o reverendo foi chamado para agir e fazer um exorcismo às crianças e à casa. Também ele relata acontecimentos estranhos nas crianças e na propriedade.

Médico e assistente social culpam a mãe

No entanto, nem todos os intervenientes parecem acreditar na versão de Latoya.

Depois de visitar a família, um médico local descreveu a mãe como "delirante". Já uma assistente social acredita que as crianças estavam ensinadas pela mãe e que os comportamentos eram incentivados por ela.

As crianças acabaram retiradas à mãe e Latoya foi afastada da habitação. Seis meses mais tarde, voltaram a ser entregues à guarda da mãe que diz ter sido salva por Deus.

Novos inquilinos acabaram por alugar a casa e, até ao momento, não relatam situações semelhantes, nem quaisquer problemas com o oculto...



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