quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Dedo grande de múmia pode ser prótese mais antiga do mundo, diz estudo



Dede grande de couro e madeira encontrado em múmia feminina no Egito (Foto: Divulgação/Museu Egípcio do Cairo/"The Lancet")


Voluntário usa réplica de prótese de dedo grande em teste (Foto: Divulgação/Universidade de Manchester)

Objeto achado em múmia egípcia data de 950 a 710 anos antes de Cristo. Testes de pisada com réplica de dedo grande foram bem-sucedidos, diz cientista.

Cientistas da Universidade de Manchester, na Grã-Bretanha, estudaram um dedo grande de múmia feito com couro e madeira para descobrir se ele poderia de facto servir como prótese e ajudar uma pessoa a andar.

O objeto, que data de 950 a 710 anos antes de Cristo, foi encontrado numa múmia feminina enterrada próximo à cidade de Luxor, no Egito.

O objeto pode ser a prótese mais antiga do mundo, afirmou o investigador Jacky Finch ao site da instituição. O dedo grande de couro apresenta sinais de uso e características que sugerem que ele não servia apenas para a aparência, disse o cientista.

Para um teste, Finch contou com dois voluntários que não possuem o dedo grande direito. Réplicas exatas da prótese egípcia foram feitas para cada um deles, junto com sandálias semelhantes às usadas no antigo Egito.

Os voluntários usaram suas réplicas e caminharam dez metros em três situações distintas: sem calçado, com as sandálias egípcias e usando seus próprios sapatos.

Os movimentos foram medidos usando dez câmeras em posições diferentes, afirma o site da universidade. A pressão das pisadas foi medida usando um equipamento especial.

O cientista disse ter sido surpreendido com o saldo positivo dos testes. Segundo ele, as pisadas do pé direito de cada um dos voluntários, onde foi colocada a prótese, foi de 60% a 87% similar às pisadas com o pé esquerdo.

A principal variação na caminhada ocorreu de acordo com o calçado utilizado. A habilidade de andar com a prótese de dedo grande foi maior quando os voluntários usaram as sandálias, afirma Finch.

"Foi muito animador ver que os dois voluntários foram capazes de andar usando as réplicas. Agora que temos estas informações, nós podemos afirmar que há evidências de que o artefacto original [o dedo grande encontrado na múmia] possuía uma função de prótese", relatou o investigador ao site da Universidade de Manchester.

fonte: G1

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