Ilustração mostra como seriam os organismos fossilizados (Fonte da imagem:Sandro Castelli)
De acordo com geólogo brasileiro, a região de Puerto Vallemí possui uma verdadeira mina de ouro da paleontologia.
Para os geeks de plantão, o Paraguai sempre foi sinónimo de gadgets baratos. E apesar de a bela Larissa Riquelme ter mudado um pouco essa imagem, o facto é que existem muitos méritos dos nossos hermanos que dificilmente chegam até nós. No campo da paleontologia, por exemplo, o Paraguai tem uma região que tem sido considerada como uma verdadeira “mina de ouro da paleontologia”.
Nos arredores de Puerto Vallemí, um povoado com 9 mil moradores no norte do País, o geólogo brasileiro Lucas Warren explorou as escavações de uma fábrica de cimento e, nelas, descobriu pequenas estruturas alongadas, que medem cerca de 1 cm de comprimento e são muito semelhantes a minhocas.
Essas pequenas marcas nas rochas que hoje são estudadas no Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP) são extremamente raras e encontradas em poucas regiões do mundo, sendo fósseis dos primeiros seres vivos com esqueleto que surgiram no planeta Terra.
De acordo com a revista Pesquisa FAPESP, o geológo estima que esses animais viveram há 550 milhões de anos e, atualmente, o investigador Eric Tohver, que colabora com a pesquisa, tenta estimar a idade das rochas e dos fósseis de maneira mais precisa.
Se a idade for confirmada, esses fósseis estarão entre os mais antigos do mundo, ao lado de outros encontrados na Namíbia e na China.
ESPÉCIES VIVIAM ANCORADAS NO FUNDO DO MAR
De acordo com o artigo, as formas de vida encontradas viviam no fundo mar, ancoradas em sedimentos de uma espécie de “tapete” de cianobactérias, responsáveis por transformar o gás carbónico da água em carbonato de cálcio, a matéria prima do esqueleto desses organismos.
A maior parte dos fósseis encontrados pertence a dois géneros de animais: Corumbella eCloudina. Os primeiros foram catalogados três décadas atrás e são encontrados em pouquíssimos lugares.
Fóssil de Corumbella encontrado no Mato Grosso do Sul (Fonte da imagem: TU-Pressestelle/Weiß)
Por enquanto, amostras desses organismos haviam sido recolhidas apenas em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, e na Califórnia, Estados Unidos. Os exemplares de Cloudinasteriam vivido em mais lugares, já tendo sido identificados em mais de 10 países.
fonte: Tecmundo
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