A NASA prevê lançar, em 2016, um novo robô em Marte para investigar o seu interior, já que o "planeta vermelho" evoluiu de forma tão diferente da Terra, apesar de ambos serem rochosos.
A nova missão, cujo anúncio foi feito na segunda-feira, chamar-se-á "InSight" e viajará equipada com instrumentos destinados a averiguar se o núcleo de Marte é sólido ou líquido, como o da Terra, e por que é que não está dividido em placas tectónicas como o do "planeta azul".
Segundo a agência espacial norte-americana, citada pelas agências de notícias internacionais, ter um conhecimento mais detalhado do interior de Marte, para poder compará-lo com a Terra, ajudará os cientistas a entenderem melhor como se formaram os planetas rochosos e por que motivo evoluíram de maneira tão diversa.
Contrariamente ao robô "Curiosity", um veículo de seis rodas que aterrou há duas semanas em Marte e que vai percorrer durante dois anos a cratera de Gale em busca de eventuais vestígios de vida passada, o robô "InSight" não será móvel.
Em comunicado, o diretor da NASA, Charles Bolden, frisou que "a exploração de Marte tornou-se numa das prioridades" para a agência espacial, assinalando que o recente êxito da aterragem do robô Curiosity "impulsionou o interesse do público" pela exploração do Espaço.
"A escolha de InSight garante que vamos continuar a decifrar os mistérios do 'planeta vermelho', para lançar as bases para uma futura missão habitada [humana]", acrescentou Bolden.
A nova missão em Marte, prevista para setembro de 2016, será liderada por Bruce Banerdt, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, em Pasadena (Califórnia), sendo que a equipa científica incluirá investigadores de todo o mundo.
O Centro Nacional de Estudos Espaciais de França e o Centro Aeroespacial da Alemanha contribuirão no desenho de alguns dos instrumentos, que terão a tecnologia espacial usada na missão "Phoenix", que em 2007 determinou que houve água na superfície próxima das zonas polares de Marte.
A missão "InSight", que durará dois anos, tem um custo estimado de 425 milhões de dólares (344 milhões de euros), excluindo o sistema de lançamento e os serviços de manutenção.
O Laboratório de Propulsão a Jato da NASA assegurará a construção de um instrumento geodésico de referência, para determinar o eixo de rotação do "planeta vermelho".
Já o Centro Nacional de Estudos Espaciais de França liderará o consórcio internacional que vai construir um instrumento para medir as ondas sísmicas do interior de Marte, enquanto o Centro Aeroespacial da Alemanha construirá uma sonda subterrânea para medir o fluxo de calor desde as profundezas.
fonte: Diário de Noticias
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