O avião militar não tripulado foi lançado preso à asa de um antigo bombardeiro B-52 (Força Aérea norte-americana/AFP)
O voo de teste ao avião hipersónico WaveRider X-51A falhou depois de o aparelho, que deveria atingir a velocidade Mach 6, ter perdido o controlo e de se ter desintegrado sobre o oceano Pacífico, informou a Força Aérea norte-americana.
O avião militar não tripulado foi lançado preso à asa de um antigo bombardeiro B-52 e separou-se deste aparelho com sucesso. Deveria completar um voo de 300 segundos, mas os problemas começaram apenas 16 segundos depois, devido a uma falha técnica num estabilizador.
O aparelho não conseguiu manter a rota e perdeu o controlo, acabando por se despenhar no oceano Pacífico, perto de Point Mugu, a norte de Los Angeles. “Foi identificada uma falha num dos estabilizadores. Dezasseis segundos depois de se ter separado do avião, o X-51 não conseguiu manter o controlo e perdeu-se”, disse a Força Aérea norte-americana em comunicado, citado pela CNN.
“Todas as nossas informações mostravam que tínhamos criado as condições certas para a ignição do motor e tínhamos muitas esperanças de cumprir os nossos objectivos de teste”, disse o gestor de programas da Força Aérea, Charlie Brink, à mesma estação de televisão.
A Força Aérea está a tentar descobrir qual foi, exactamente, a origem do problema com este avião, desenvolvido pela agência espacial norte-americana (NASA) e pela Agência de Projectos de Investigação de Defesa Avançada (DARPA).
Os engenheiros aeroespaciais esperavam que o aparelho atingisse a velocidade Mach 6, equivalente a 6900 quilómetros por hora, durante um voo de cinco minutos. O número Mach corresponde à relação entre a velocidade de um objecto e a velocidade do som. A esta velocidade – Mach 6 –, que é seis vezes superior à do som (aproximadamente 1235km/h dependendo de vários factores como a altitude e a temperatura), seria possível viajar entre Londres e Nova Iorque em menos de uma hora.
O desenvolvimento de tecnologia hipersónica permitiria à Força Aérea transportar mísseis ou aviões para qualquer parte do mundo em questões de minutos, em vez de horas, reduzindo o tempo de reacção do inimigo.
Esta é a terceira experiência de um programa de voo que arrancou em 2004 e que testa aviões hipersónicos para voarem cada vez mais rápido. Em 2010, o primeiro WaveRider voou durante cerca de dois minutos e meio a uma velocidade de 3500 quilómetros por hora, mas por erros técnicos a prova teve de ser interrompida.
Em Junho de 2011, outro WaveRider também não conseguiu alcançar a velocidade pretendida de Mach5.
fonte: Público
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