As populações de Portugal, Espanha, Itália, França ou Croácia serão as mais afectadas pelo aumento do número de mortes causadas pela subida das temperaturas. Um estudo revela que na Europa o calor deverá no futuro provocar 15 mil falecimentos ao ano, caso não sejam tomadas medidas urgentes para travar o aquecimento global.
Estudo foi realizado por um grupo de investigadores europeus e publicado na 'Nature Communications'. Segundo o El Mundo, o trabalho prevê que no final deste século o número de mortes anuais causadas pelas ondas de calor ou por problemas cardiorespiratórios daí decorrentes vai ultrapassar os falecimentos causados por doenças relacionadas como o inverno, como a gripe, as pneumonias ou hipotermias.
Os cientistas analisaram os dados diários de temperatura e humidade e os picos de temperatura de 16 países europeus, com 400 milhões de pessoas, e relacionaram essas informações como o número de mortos provocados pelas estações do ano - doenças típicas do verão e do inverno. Os investigadores levaram a cabo vários cenários climatéricos possíveis tendo como referência as 40 mil mortes provocadas em 2003 pela onda de calor que atingiu a Europa.
"Os dados globais europeus indicam uma diminuição da esperança de vida entre três e quatro meses, o que em número se traduziria numas 15 mil mortes por ano, a partir de 2080, e até ao final do século 230 mil falecimentos directamente relacionados com o calor", explicou Joan Ballester, um dos investigadores, citado pelo El Mundo.
A "franja de conforto" para a vida humana situa-se entre os 14 e os 25 graus, dizem os autores. Mas em Agosto há muitas localidades no Sul da Europa que chegam aos 45 graus e prevê-se que a meados do século as temperaturas médias no verão vão aumentar 2,5 graus e no inverno quatro graus. Nos países citados em cima, a esperança de vida poderá ser reduzida até nove meses.
fonte: DN
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