sábado, 2 de abril de 2011

‘Quinta Sinfonia’ de Beethoven destrói células cancerígenas


Música de Beethoven causou a morte de 20% das células analisadas

A ‘Quinta Sinfonia’ de Beethoven é uma das mais famosas composições da música clássica e, segundo um novo estudo brasileiro, pode ajudar a curar o cancro.

A pesquisa, levada a cabo pelo Programa de Oncobiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, analisou células MCF-7, ligadas ao cancro da mama. Ao expor as referidas células ao famoso tema, uma em cada cinco acabou por morrer, o que entusiasmou os envolvidos.

O estudo, que teve início em Maio de 2010, está a permitir que se desenvolvam novas perspectivas de cura de tumores malignos, recorrendo a timbres e frequências, esclarece o jornal ‘O Globo’.

Já na página oficial da unidade de Oncobiologia da referida univesidade, a responsável do estudo, Márcia Capella, esclarece que já se usaram outras composições musicais, masnem sempre com os mesmos resultados.

“Iniciámos o nosso trabalho usando três composições: a ‘Sonata para 2 Pianos em Ré Maior’, de Mozart [conhecida por causar o ‘efeito Mozart’, um aumento temporário do raciocínio espaço-temporal de um indivíduo], a ‘Quinta Sinfonia’ de Beethoven e ‘Atmosphères’ [do húngaro György Ligeti], uma composição contemporânea, que se caracteriza principalmente pela ausência de uma linha melódica que traduza o tema”, afirma.

Segundo a especialista, a composição de Mozart não provocou nenhuma alteração nas células, mas as de Beethoven e Ligeti causaram a morte de em média 20% delas, além da “diminuição de tamanho e granulosidade”.

O facto de Mozart não ter provocado nenhuma reacção está a espantar os responsáveis, já que suas composições estão entre as mais utilizadas na musicoterapia.

“Ainda precisamos estudar melhor os mecanismos destes efeitos, ou seja: porque apenas alguns tipos de células são sensíveis a estas músicas? E por que apenas alguns tipos específicos de músicas provocam efeitos? Fizemos testes também com a MDCK, uma célula não-tumorigénica, e com linfócitos, e elas não responderam a estes estímulos sonoros”, reconhece Márcia Capella.

O objectivo é conseguir usar as frequências sonoras como processo de cura, em vez de outros mais violentos como radioterapia.


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