Mia, como esta cobra egípcia agora é chamada, esteve seis dias desaparecida
Nova Iorque está a transformar a cobra egípcia que desapareceu no final de Março do jardim zoológico do Bronx num animal de estimação. O medo do veneno mortal, que destrói os tecidos nervosos e é fatal para qualquer ser humano em 15 minutos, deu lugar a uma animada discussão sobre o nome a dar à cobra: o escolhido foi Mia.
A cobra já foi encontrada e devolvida ao cativeiro, mas a Sociedade de Conservação da Vida Selvagem, que dirige o zoo, quis tirá-la do anonimato. Pediu ao público que enviasse propostas de nomes e recebeu mais de 33 mil. Acabou por submeter cinco a votação, na edição online do tablóide nova-iorquino Daily News. Mia foi o nome eleito por 27 por cento dos cerca de 60 mil votantes.
O nome tem por base o mesmo acrónimo que carimbou a personagem que Chuck Norris levou para a selva vietnamita de 1984 – M.I.A., “missing in action” (desaparecido em combate). Embora o título apareça aqui subvertido: M.I.A. costuma ser utilizado para designar prisioneiros de guerra; neste caso, a cobra do Bronx experimentou mais um acto de libertação.
Mia conseguiu escapar a 25 de Março e foi encontrada seis dias depois num canto escuro da casa dos répteis. Nem chegou a sair do edifício. Este tipo de cobras – que tem nos terrenos desérticos de África o seu habitat natural – opta por esconder-se em espaços fechados e evita zonas abertas. O que não ajudou nas buscas: em Nova Iorque não faltam lugares esconsos.
Em 2006, o desaparecimento de uma cobra da mesma espécie obrigou a evacuar uma casa em Toronto durante seis meses. Foi o tempo necessário para recuperar o animal, mesmo sabendo em que casa se encontrava. A cobra refugiava-se nas partes ocas das paredes, dificultando muito a sua captura.
Mia desapareceu durante seis dias. Se a realidade tivesse imitado o cinema (o coronel Braddock de Chuck Norris esteve sete anos sumido), a ideia de que uma cobra que pode crescer até aos 2,4 metros, munida de um veneno letal, seria suficiente para tolher qualquer nova-iorquino. Como a cobra, ainda com cerca de 50 centímetros, já foi capturada, os momentos de boa disposição abundam.
Quando não é a escolha do nome (as outras possibilidades votadas eram Subira, Amaunet, Cleópatra e Agnes), a famosa cobra serve de entretenimento através do Twitter. Isto porque alguém criou uma conta nesta rede e, fingindo ser a cobra desaparecida, foi relatando a sua escapada pela Big Apple. É um sucesso com mais de 240 mil seguidores que se mantém activo.
fonte: Público
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