O processador é flexível, mas é muito mais lento do que um dispositivo moderno
Um centro de investigação belga criou um processador de plástico que, em alguns casos, poderá vir a substituir os chips de silício.
Cientistas do IMEC (um centro especializado em nano-tecnologia) desenvolveram um processador feito com quatro mil transístores de plástico. O dispositivo tem cerca de dois centímetros quadrados e é construído sobre uma placa flexível e muito fina.
Para além da flexibilidade (que os pode tornar atractivos para algumas aplicações onde a rigidez do silício seja um problema), estes processadores são mais baratos de produzir. Mas, por ora, têm imensas limitações – para começar, uma velocidade de apenas seis hertz, o que é várias ordens de grandeza abaixo de qualquer processador moderno.
As operações que o processador executa têm também de ser colocadas em circuitos numa outra placa de plástico, à qual o dispositivo é ligado, e o processador só é capaz de correr um número muito limitado de instruções.
Um dos desafios da equipa de investigação foi minimizar o facto de os transístores de plástico – contrariamente aos de silício – não terem todos exactamente o mesmo comportamento. “Não temos dois [transístores] que sejam iguais”, explicou um responsável do IMEC à Technolgy Review, uma publicação do MIT, na sequência da apresentação da tecnologia, numa conferência, em Fevereiro. “Tivemos que estudar e simular as variações para encontrar um desenho com a maior possibilidade de se comportar correctamente”.
O próprio material de que é feito o processador limita a velocidade que este pode atingir, reconheceu o responsável, admitindo que não é provável que a tecnologia possa substituir os chips convencionais em aparelhos de consumo, como telemóveis e computadores.
fonte: Público
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