quinta-feira, 28 de abril de 2011

Tangente à Terra


A aproximação à Terra do asteróide 2005 YU55, com 400 metros de diâmetro, no próximo dia 8 de Novembro, é um fenómeno fora do comum, devido à curta distância a que vai passar (0,85 distâncias lunares, cerca de 320 mil quilómetros) e ao seu tamanho.

O 2005 YU55 entrou para a lista de asteróides "potencialmente perigosos", embora os astrónomos considerem que não há possibilidade de colisão com a Terra nos próximos cem anos.

Um evento deste tipo não vai acontecer novamente até 2028, quando está previsto que o asteróide 2001 WN5 passe a 0,6 distâncias lunares. Já o Apophis, uma rocha de 270 metros de diâmetro, causa preocupação. O asteróide, descoberto em 2004, passará perto da Terra em Abril de 2029 – está previsto que a trajectória se situe abaixo da órbita dos satélites geoestacionários. O Apophis voltará a aproximar-se do planeta em 2036: as hipóteses de ter um impacto com a Terra é de 1 em 45 000.

Também os meteoritos, na sua maioria fragmentos de asteróides ou de cometas, preocupam. Uma poderosa chuva de meteoritos, as Dracónidas (associada ao cometa 21P/Giacobini-Zinner), vai atravessar a atmosfera terrestre a 8 de Outubro. O fenómeno vai durar sete horas e esperam-se várias centenas de rochas por hora.

DATAS DA CIÊNCIA

1990-24 de Abril

É lançado o telescópio espacial ‘Hubble’, que tem ajudado a resolver alguns antigos problemas da astronomia, bem como revelado novos resultados que exigiram novas teorias para explicá-los.

1953-25 de Abril

Os biólogos Francis Crick (britânico) e James Watson (norte-americano) anunciam a descoberta da estrutura do ácido desoxirribonucleico (ADN), uma molécula orgânica que contém a informação que coordena o funcionamento de todos os organismos vivos.

1986-26 de Abril

Um dos reactores do complexo nuclear de Chernobil, na Ucrânia, explode, libertando para a atmosfera níveis de radiação 400 vezes superiores aos que foram libertados pela bomba de Hiroshima, em 1945. A nuvem radioactiva afectou 600 mil pessoas e contaminou 100 mil quilómetros quadrados.

CM RESPONDE

Gravidade: Porque não podemos viver sem gravidade?

Anabela Nunes, Lisboa

O corpo humano reage de modo intenso a alterações na força gravitacional que age sobre ele. Os astronautas que passam longos períodos no espaço, onde a gravidade é quase nula, sofrem de enjoos, desorientação e insónia. A falta de gravidade altera a circulação sanguínea, causa descalcificação dos ossos e atrofia dos músculos. Alguns microorganismos, como a salmonela, tornam-se mais agressivos quando vivem em ambientes quase sem gravidade. Se a gravidade da Terra mudasse significativamente, teria um grande efeito em quase tudo, pois muitas coisas são criadas em função do estado actual da gravidade.


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