terça-feira, 19 de abril de 2011

Alzheimer tem primeira fase sem sintomas


O aparecimento da doença do Alzheimer é cada vez mais provável depois dos 60 anos

As definições nos Estados Unidos para o diagnóstico da doença do Alzheimer mudaram pela primeira vez em 27 anos, depois de vários resultados na investigação da doença mostrarem que as primeiras alterações relacionadas com a doença iniciam-se anos, ou mesmo décadas, antes de os sintomas se tornarem aparentes.

As linhas orientadoras do diagnóstico foram publicadas hoje pelo Instituto Nacional do Envelhecimento (INE) e pela Associação Alzheimer, e redefiniram a doença em três etapas. Na primeira, nenhum sintoma aparente é evidente, mas já existem alterações fisiológicas nos cérebros dos futuros doentes, que vão promover a degeneração. Numa segunda fase, os doentes apresentam sintomas, como o esquecimento, mas continuam a fazer normalmente o seu dia-a-dia. E há uma terceira fase de demência.

“Estamos a redefinir a doença de Alzheimer”, disse, citado pelo New York Times, Creighton Phelps, director do programa da doença de Alzheimer do INE. “Acho que vamos começar a identificar a doença cada vez mais cedo.”

A última vez que o diagnóstico da doença do Alzheimer tinha sido alterado foi em 1984. Mas ,nas últimas décadas, os cientistas acumularam dados sobre o que precede os sintomas. Um problema fisiológico faz com que haja acumulações de proteínas no cérebro dos doentes que promovem a alteração dos neurónios e a degeneração dos tecidos.

Uma novidade nas novas linhas directivas relaciona-se com os métodos para medir estas mudanças. Estes métodos incluem exames ao cérebro ou análises ao fluído da medula espinal, que permitem medir, por exemplo, o aumento da proteína beta-amilóide ou da proteína tau, ou a diminuição de certas regiões do cérebro.

Por enquanto, estes métodos são só aplicados a grupos de estudo e não entram ainda nos hospitais norte-americanos. Antes, é preciso assegurar uma padronização destes métodos.

fonte: Público

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