O governo da República Federal da Alemanha (RFA) tentou influenciar o julgamento de Adolf Eichmann, um alta patente nazi, para evitar que o seu testemunho implicasse outras antigas personalidades nazis que já ocupavam cargos no governo alemão.
De acordo com o Daily Telegraph, os serviço secretos alemães divulgaram vários documentos que revelam informações acerca da integração de oficiais nazis no governo da RFA.
O chanceler alemão na época (1961), Konrad Adenauer, ordenou que fosse enviado um agente secreto para assistir ao julgamento em Israel e certificar-se que não haveria implicações para o governo alemão.
As causas da preocupação centravam-se na presença de ex-oficiais nazis no executivo da RFA, e a sua relação com Adolf Eichmann poderia prejudicar a notoriedade do governo.
A estas preocupações acrescia o medo de um potencial crescimento político do comunismo na República Democrática da Alemanha (RDA), que poderia aproveitar o envolvimento nazi na RFA para aumentar a sua área de influência no clima de Guerra Fria.
O desejo de influenciar o julgamento era tão urgente que o próprio ministro da Defesa da RFA ameaçou cessar o acordo de concessão de armas a Israel se o caso tivesse repercussões negativas na Alemanha.
Nos documentos divulgados consta igualmente que o governo alemão da RFA já sabia da localização de Adolf Eichmann oito anos antes de ter sido capturado pelos serviços secretos israelitas, em 1960
fonte: Sol
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