Com instrumentação acústica sofisticada e um programa de reconversão de sinais, cientistas vão delinear imagem do casco afundado
Os mergulhos começaram há dois dias e vão continuar em regime intensivo durante o próximo mês. O objectivo é captar todas as imagens e todos os detalhes, até aos recantos mais escondidos, do navio afundado mais famoso de todos os tempos: o Titanic. Desde 1912, o Titanic repousa no fundo do oceano, a 3820 metros de profundidade, ao largo da Terra Nova, Canadá. A ideia é fazer uma reconstituição virtual em 3D do destroço do antigo paquete de luxo.
A equipa de arqueólogos, oceanógrafos e operadores de submarino e do ROV (veículo submarino autónomo) que participam na expedição promovida pela sociedade RMS Titanic, que detém os direitos de exploração do destroço afundado, partiu da Terra Nova, a bordo do navio Jean Charcot, na segunda-feira à noite e chegou ao local onde se encontra o navio afundado na quarta-feira.
Nesse mesmo dia, toda a tripulação prestou homenagem às 1500 vítimas do naufrágio ocorrido há quase 98 anos, lançando em silêncio uma coroa de flores à água. Só depois disso se iniciaram os trabalhos que vão prolongar-se agora por mais um mês naquela zona.
Na quinta-feira, após uma série de testes e preparativos, começaram finalmente os mergulhos para a recolha das imagens no fundo do mar.
Primeiro a equipa instalou dois transponders no local, para a emissão e recepção dos sinais com a informação recolhida pela aparelhagem electrónica e de sonar que vai ser utilizada durante toda a missão.
Ainda na madrugada de quinta-feira foi realizado o primeiro mergulho com o submarino Mary Ann, que durante uma hora e 40 minutos se deslocou até ao fundo do mar, junto do casco afundado, para determinar com exactidão o espaço onde ele se encontra depositado. Na verdade, e apesar de todas as expedições que já se realizaram ao local para encontrar e para filmar os restos do Titanic, o espaço exacto que ele ocupa lá em baixo ainda não está determinado com exactidão.
Com a ajuda do ROV, essa posição vai ser definida agora. O submarino Mary Ann está equipado com instrumentação que ajudará a produzir uma cartografia de duas dimensões do casco do navio afundado.
O ROV está por seu turno apetrechado com um sonar poderoso e sofisticado que vai colocar cerca de 20 dispositivos acústicos na proa do Titanic.
A leitura desses sinais e a utilização de um equipamento apropriado conseguirão posteriormente criar uma imagem tridimensional do navio, o que poderá ser seguido no site da expedição em http://www.expeditiontitanic.com/.
fonte: DN
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