segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Descoberto lago artificial maia no meio da floresta no México


Escavação comçeou no centro do antigo reservatório

Fundo do reservatório de água parece coberto de lascas de cerâmica, usadas para vedação, como uma piscina.

Investigadores alemães e mexicanos encontraram um lago artificial, no sítio arqueológico da antiga cidade de maia de Uxul, cujo fundo é revestido por placas de cerâmica, como as piscinas modernas são revestidas de azulejo. De acordo com o investigador Nicolaus Seefeld, o fundo do lago, com dois metros de profundidade, está recoberto de lascas de cerâmica "praticamente sem lacunas".

Embora o uso de lagos artificiais, ou" aguadas", como reservatórios de água potável pelos maias já fosse conhecido, a tecnologia usada em Uxul surpreendeu os arqueólogos.

"Ainda não sabemos se o revestimento se estende por toda a aguada", completou ele, em nota, explicando que a escavação teve início no centro do lago.

De acordo com texto divulgado pela Universidade de Bonn, se todo o reservatório estiver realmente recoberto por ladrilhos, a descoberta será "uma pequena sensação", pela quantidade de cerâmica envolvida.

As duas aguadas já descobertas em Uxul eram maiores que piscinas olímpicas, e talvez não tivessem sido as únicas. A cidade tinha uma população de pelo menos 2.000 pessoas, e precisava acumular água para durar pelos três meses anuais de seca.

No Período Clássico da cultura maia, de 250 a 900 d.C., Uxul estava localizada numa área densamente povoada, entre as grandes cidades de El Mirador e Calakmul. Por ali passavam rotas comerciais que iam do centro do México à Guatemala.

fonte: Estadão

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