terça-feira, 31 de agosto de 2010

Submarino procura lulas gigantes


Chama-se "Lula 1000", é um submarino científico tripulado, chega aos Açores na Primavera e deverá ir mar adentro no próximo Verão. À procura do desconhecido. E de lulas gigantes, de que geralmente se alimentam os cachalotes. O projecto é da Fundação Rebikoff-Niggeler.

A ideia é perscrutar os fundos do mar a Sul do Faial e do Pico. Aí, acredita Joachim Jakobsen, responsável da fundação sediada nos Açores, descobrirá ostras e corais de maior profundidade do que os já detectados.

Até agora, os investigadores dispunham do “Lula”, um submarino com dez anos e capacidade para descer aos 500 metros de profundidade. Com ele – o único submarino científico a operar em Portugal – foi feita a primeira documentação de certas espécies de tubarões, ostras, lulas, corais e vários peixes de profundidade.

“Esperamos encontrá-los mais fundo”, diz o investigador ao JN. Mas o desafio pessoal é mesmo o das lulas grandes. Estão documentadas lulas medindo até um metro. A esperança é encontrar espécimens com mais de dois ou três metros. Joachim Jakobsen não tem a certeza que elas existam ali, mas a presença na região de cachalotes que vão facilmente até aos mil metros leva a crer nessa possibilidade.

A Fundação Rebikoff-Niggeler é uma instituição de utilidade pública com sede na ilha do Faial e nasceu tendo por base a vida e obra do casal franco-suíço. Entre 1948 e 1991, Ada e Dimitri Rebikoff-Niggeler dedicaram-se ao desenvolvimento de técnicas de investigação subaquáticas, área em que se tornaram pioneiros. Nos Açores, a fundação produz filmes científicos e investiga nas áreas da biologia, geologia e oceanografia, em parceria com o Governo Regional e institutos nacionais e internacionais.


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