CODEX GIGAS (FOTO: WIKIMEDIA COMMONS)
Diz a história que, o próprio, teria escrito o livro
Na Biblioteca Nacional da Suécia, em Estocolmo, há um livro misterioso que intriga investigadores há séculos. O Códex Gigas seria o maior manuscrito da era medieval conservado em bom estado hoje, com 91 centímetros de altura e 50 de largura. A palavra Gigas significa gigante em latim - vale considerar que ele tem 22 cm de profundidade e pesa impressionantes 74 kg (há metal em sua capa).
Em suas páginas há inúmeras ideias de referência cristã - incluindo uma cópia dos textos que servem de base para a bíblia moderna. Então como o manuscrito ganhou sua reputação de ser 'do demónio'?
Isso aconteceu graças a uma ilustração do encardido, de página inteira. A figura convenceu muita gente de que o livro estaria imbuído de poderes demoníacos. E a lenda fica ainda mais complicada.
UM CLOSE NA FAMOSA ILUSTRAÇÃO (FOTO: WIKIMEDIA COMMONS)
Historiadores acreditam que o livro veio do Mosteiro Beneditino Podlažice, na República Checa. A lenda afirma que um dos monges teria quebrado seus votos e recebido uma punição terrível: seria emparedado vivo. Para escapar do destino terrível ele convenceu seus superiores a oferecer a ele uma segunda chance, prometendo que escreveria, numa só noite, um livro que reunisse todo o conhecimento humano.
Os outros monges concordaram e o infrator começou a escrever o livro. Vendo que seria impossível completá-lo, ele começou a rezar - não para Deus, mas sim para Lúcifer. O diabo ouviu as suas preces e, com um estalar de dedos, o livro estava pronto. Em agradecimento, o monge teria desenhado o demónio. Outras versões da história contam que o próprio demo teria feito o desenho.
Saindo um pouco das lendas em volta do Códex Gigas e voltando para a ciência: análises do manuscrito indicam que, incrivelmente, ele foi escrito por uma única pessoa. Há uma assinatura que indica o possível autor: Herman, O Recluso. Cálculos indicam que, para concluir a obra, ele teria gasto o equivalente a cinco anos de escrita contínua.
(FOTO: WIKIMEDIA COMMONS / BIBLIOTECA NACIONAL DA SUÉCIA)
fonte: Revista Galileu
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