quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Fenómeno luminoso seguido de estrondo nos Açores

Fenómeno luminoso seguido de estrondo nos Açores

Fotografia © DR

O feixe de luz que terminou numa visível explosão foi sentido na noite de segunda-feira. Observatório Astronómico de Santana - Açores explica o que aconteceu.

O Observatório Astronómico de Santana - Açores (OASA) afirmou hoje que um "fenómeno luminoso" observado a oeste do arquipélago na noite de segunda-feira, seguido de um "estrondo" sentido em várias ilhas, ter-se-á devido a um meteoro.

"O fenómeno foi observado às 20:20 locais [21:20 em Lisboa] com maior intensidade na ilha Graciosa" e "poderá ser facilmente explicado pelo embate na atmosfera de um meteoroide (possivelmente um asteroide de pequenas dimensões) que gerou um meteoro facilmente visível e que se definiu por um feixe de luz que terminou numa visível explosão", explica o OASA, numa informação publicada na sua página na internet.

Por poder ter "uma dimensão maior que a dos normais meteoroides", em vez de se desfazer "pela fricção, o meteoroide terá batido na atmosfera causando o consequente estrondo ouvido, assim como a vibração sentida resultante da onda de choque", prossegue o texto.

"O asteroide ter-se-á desintegrado sobre o mar, havendo poucas possibilidades de serem encontrar meteoritos (nome dado aos meteoroides que atingem a superfície)", acrescenta.

Segundo o OASA, a delegação regional do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) "confirmou também o embate do meteoro na atmosfera", sobre a ilha Graciosa, tendo a sua entrada na atmosfera terrestre causado "uma onda de choque que foi registada à superfície sequencialmente nas estações sísmicas das ilhas do Pico, S. Jorge, Graciosa e Terceira".

"O impacto da onda de choque sobre a ilha Graciosa terá causado um abalo semelhante a um sismo de grau II na escala de Mercalli", diz o OASA, citando informações fornecidas pelo IPMA.

Fonte do IPMA disse à Antena1/Açores, que avançou com esta notícia, que estes são fenómenos "normais, não têm nada de transcendente".


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