segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Descoberta no Brasil uma nova espécie de peixe que vive em cavernas

Descoberta no Brasil uma nova espécie de peixe que vive em cavernas

Descoberta no Brasil uma nova espécie de peixe que vive em cavernas

A espécie foi batizada em homenagem ao Grupo Boticário.

Um grupo de investigadores brasileiros descobriu uma nova espécie de peixe que vive só em cavernas e que corre perigo de extinção devido à destruição do seu habitat natural.

O "ituglanis boticário", descoberto numa gruta no estado central brasileiro de Goiás, é uma espécie carnívora de menos de 10 centímetros e com pouca pigmentação por causa do ambiente subterrâneo em que habita, indicou hoje a Fundação Grupo Boticário de Proteção da Natureza, instituição que financia o projeto.

Este animal do grupo dos troglóbios, adaptado à vida em cavernas subterrâneas, com olhos pequenos e bigodes, é natural da gruta da Tarimba, uma gruta situada na localidade de Mambaí, a cerca de 300 quilómetros a nordeste de Brasília.

Uma das suas principais características é uma espécie de pequenos dentes muito proeminentes e localizados próximo das guelras, que utiliza para se segurar e impedir que as correntes o arrastem.

É o principal predador da cadeia alimentar da caverna que habita e alimenta-se de invertebrados, como larvas e insetos, pelo que o seu desaparecimento pode provocar um grande desequilíbrio no habitat.

"Por ser endémico dessa região e pela pressão que sofre com atividades pecuárias nas proximidades, a espécie está ameaçada de extinção", segundo a Fundação Grupo Boticário.

"A espécie, batizada em homenagem ao Grupo Boticário, foi descrita cientificamente num artigo publicado na última edição da revista da Sociedade Brasileira de Zoologia.

"Os importantes dados fornecidos pelo estudo dão ao Governo razões para tomar decisões de proteção da biodiversidade, como a criação de reservas ambientais na região", afirmou a diretora executiva da Fundação Grupo Boticário, Malu Nunes.

A fundação tem registadas entre 10.000 e 12.000 cavernas, mas o número destas pode chegar a 100.000, cujos ecossistemas podem ser destruídos mesmo antes de serem conhecidos.


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