O IXV foi construído principalmente pela ESA, em colaboração com cerca de vinte outras empresas europeias, entre as quais o Instituto de Soldadura e Qualidade.
A Agência Espacial Europeia (ESA) lançou hoje para o espaço uma pequena nave que pode revolucionar as viagens espaciais da Europa. A missão tinha um objetivo: provar que a ESA era capaz de controlar a reentrada na baixa órbita terrestre, uma capacidade essencial para desenvolver naves capazes de fazerem viagens de ida e volta, ou seja, vaivéns. E parece ter sido um sucesso.
A nave IXV (Veículo Intermédio eXperimental, na sigla em inglês) foi lançada com o foguetão Vega VV04, do Centro Espacial Europeu, em Kourou, na Guiana Francesa, quando passavam alguns minutos das 13.40. Depois de uma viagem de menos de duas horas, em que atingiu uma altitude superior a 400 quilómetros, o veículo experimental não tripulado reentrou na baixa órbita terrestre, descendo sobre o Pacífico com a ajuda de um paraquedas às 15.20.
A IXV é uma versão mais pequena dos vaivéns do programa espacial norte-americano - entretanto já "aposentados" - e é uma das apostas da Europa para chegar ao espaço de forma mais barata, desde logo porque as naves são reutilizáveis. A tecnologia utilizada pode ser aproveitada mais tarde para missões à Lua ou a Marte, por exemplo. O responsável por este projeto, o italiano Giorgio Tumino, reconhece que a Europa é "excelente" nos lançamentos e a operar sistemas complexos em órbita, mas está atrasada na parte da reentrada, do regresso.
A nave foi construída principalmente pela ESA, em colaboração com cerca de vinte outras empresas europeias, entre as quais o Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ). O grupo português participou nos ensaios de qualificação do escudo térmico da IXV, fundamental para garantir a segurança da nave na reentrada na atmosfera, quando esta é sujeita a temperaturas muito elevadas.
fonte: Diário de Noticias
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